Principais conclusões da análise técnica semanal:
- S&P500 - Apesar do forte momento que o índice tem apresentado, continuamos a ver o ritmo de subida como insustentável, pelo que ainda favorecemos a realização de uma pausa / período de consolidação. Para além da condição de overbought no RSI (que se prolonga desde o início do mês) e à qual o índice não tem reagido, observamos agora os primeiros sinais de deterioração no indicador MACD do gráfico diário;
- EuroStoxx50 - Os máximos do ano (3667 pontos) permanecem a área de atração relevante mais próxima. De qualquer forma, vemos o enquadramento técnico no curto-prazo como capaz de continuar a limitar a evolução do índice. Ou seja, não consideramos que os riscos de ocorrer uma pausa / período de correção (mencionados na análise da semana passada) tenham desaparecido;
- PSI20 - Continuamos a ver sinais de alguma deterioração e perda de momento nos indicadores técnicos do gráfico diário. Máximos anteriores de 2017 permanecem uma área importante de retração e, provavelmente, de suporte para o PSI20. Mesmo que o índice consiga apresentar um movimento de recuperação no curto-prazo, não vemos para já sinais em como o período de retração esteja terminado;
- Bovespa - Não obstante a possibilidade de serem observadas no curto-prazo novas tentativas para estender a tendência de subida, continuamos a ver riscos de o índice se manter limitado, pelo que favorecemos (a exemplo do mencionado na semana passada) a continuação do movimento de consolidação;
- WTI - Esta nova aproximação aos máximos de finais de setembro permitiu evitar uma maior deterioração nos indicadores técnicos e assim manter o enquadramento positivo que temos mencionado em comentários anteriores. Esperamos a quebra dos máximos do final de setembro, o que deverá permitir uma maior aproximação aos máximos do ano;
- Ouro - Indicadores técnicos continuaram a deteriorar-se. Vemos como sendo apropriada uma opinião cautelosa, procurando sinais de maior visibilidade. Mínimo de 6 de outubro ($1261) representa o próximo ponto de retração, mas vemos riscos de este nível ser inclusivamente quebrado;
- Eurodólar - O euro voltou a não conseguir passar a média móvel de 50 dias (1,1848$/€), o que interpretamos como um sinal negativo e justifica esta semana uma atitude mais cautelosa. Indicadores de mais curto-prazo poderão contudo ainda permitir um novo teste à média móvel de 50 dias;
- Gráficos em destaque esta semana - As expectativas de inflação incorporadas no mercado continuam a aumentar, com o Euro Inflation SWAP 5Y5Y a encontrar-se no ponto mais elevado desde meados de março de 2017. A continuação da valorização do dólar face ao iene poderia criar um contexto desfavorável para a cotação do ouro.