Durante o fim-de-semana, destaque para o resultado das eleições presidenciais na Áustria. O candidato da extrema direita Nobert Hofer reconheceu ontem a derrota face ao candidato independente Alexander van der Bellen. Esta eleição era vista como mais um teste ao aumento do populismo na Europa, após as surpresas do BREXIT no Reino Unido e da eleição de Donald Trump nos EUA. Esta eleição ocorreu após o Tribunal Constitucional ter detetado irregularidades no ato eleitoral de maio.
Em Itália, o muito aguardado referendo constitucional confirmou a indicação das sondagens com a vitória do “não”. Em causa estava a tentativa por parte do primeiro-ministro de alterar a relação de força de poder entre as duas câmaras do parlamento. Matteo Renzi deverá apresentar esta segunda-feira a sua demissão ao presidente da República. A expectativa neste início de semana é da nomeação de um governo de transição até à realização de eleições.
A leitura para o mês de novembro dos índices PMI/ISM para a área não industrial da economia, a produção industrial de outubro para alguns países da Zona Euro e a leitura preliminar de dezembro para o índice de sentimento dos consumidores da Universidade de Michigan nos EUA representam o destaque do calendário económico desta semana.
No que se refere a bancos centrais, o destaque da semana vai naturalmente para a reunião do Banco Central Europeu na quinta-feira. Existe uma grande incerteza sobre as decisões que irão sair desta reunião. O mercado espera uma extensão do programa APP que neste momento termina em março do próximo ano. Contudo, a forma como esta extensão irá decorrer é incerta. Em primeiro lugar, no que diz respeito à manutenção do ritmo atual de compras mensais (atualmente 80 mil milhões de euros). Em segundo lugar, uma eventual alteração nos parâmetros do programa PSPP (passar a realizar compras de títulos com uma yield abaixo da taxa de depósito, deixar de respeitar o critério dos capital keys, alterar o limite por emissão/emitente dos atuais 33%).
Os ministros das finanças dos países da Zona Euro reúnem-se em Bruxelas na segunda-feira. Mario Draghi e Benoît Coeuré deverão participar nesta reunião do Eurogrupo. Serão debatidos os projetos de planos orçamentais dos Estados-Membros da área do euro para 2017. O Eurogrupo será informado pelas instituições sobre a situação em que se encontra a segunda avaliação do programa de ajustamento económico da Grécia, na sequência da missão de avaliação que teve lugar em meados de novembro. A segunda avaliação centra-se no orçamento da Grécia para 2017, na sua estratégia orçamental de médio prazo e na reforma do mercado de trabalho.
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