A reunião de julho do Banco Central Europeu esteve, como era esperado, no centro das atenções. A manutenção do easing bias relativamente ao programa QE e a indicação de uma subida de taxas para bem depois do final do programa QE não representaram surpresas, assim como as referências à persistência e prudência na implementação da política monetária. Na reunião de 7 de setembro, o Banco Central Europeu terá à sua disposição novas projeções macro, assim uma indicação quanto ao crescimento da economia no 2º trimestre de 2017 e os dados para a inflação de julho e agosto. Os comentários quanto à unanimidade em não estabelecer uma data para o anúncio de uma decisão sugerem que os detalhes quanto a eventuais alterações na política monetária poderão ser conhecidos apenas na reunião de 26 de outubro. De qualquer forma, a pouca preocupação demonstrada com a evolução das condições financeiras (apesar da referência feita ao euro) e a confiança demonstrada quanto à economia mantêm, para já, a ideia em como o Banco poderá avançar para uma redução no ritmo de compras até ao final do ano, o que deverá representar uma limitação a uma descida mais significativa das yields durante o verão.
Entretanto, os bancos centrais irão permanecer um tema importante na próxima semana, com a reunião do Comité de Política Monetária da Reserva Federal dos EUA. O comunicado da decisão será conhecido às 19h00 de quarta-feira em Portugal. A nossa atenção estará nos comentários que serão realizados relativamente à inflação, assim como quanto à aproximação do início do processo de redução no tamanho do balanço da Reserva Federal dos EUA. O mercado atribui cerca de 40% a uma subida de taxas até ao final do ano, o que parece, para já, apropriado, tendo em conta os sinais mistos em termos económicos e as dúvidas no que se refere à evolução da inflação...
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