A última semana ficou marcada por uma descida das yields ao longo da curva soberana portuguesa, com destaque para a parte mais curta, o que provocou um aumento da sua inclinação. Assistiu-se também a uma redução dos spreads face à Alemanha, Itália e Espanha, ao longo da curva portuguesa. Ao nível do crédito, a evolução foi mista nas emissões/emitentes que acompanhamos numa base semanal.
Num discurso perante o parlamento, o primeiro-ministro assegurou que o défice público de 2016 não deverá ultrapassar 2,3% do PIB, um valor que permitirá a Portugal sair do Procedimento de Défice Excessivo na próxima primavera quando a Comissão Europeia analisar a execução orçamental do país. Entretanto as leituras dos indicadores de sentimento de famílias e empresas referentes ao mês de dezembro apontaram para a continuação de uma evolução positiva da economia no final de 2016, após a aceleração observada no 3º trimestre de 2016.
Os sinais positivos vindos da situação doméstica poderão continuar a suportar as yields soberanas portuguesas, confirmando a ideia em como as revisões por parte das agências de rating nos próximos meses não deverão acarretar problemas. O principal risco para a dívida portuguesa permanece para já relacionado com a continuação da subida das yields nos EUA e na Europa, à medida que o mercado continua a incorporar um ambiente de maior crescimento económico e expectativas de inflação mais elevadas.
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