Investing.com – Em dia de divulgação de dados económicos na Zona Euro, a bolsa de Lisboa negoceia em terreno negativo, em linha com as congéneres europeias. O PSI20 até arrancou a sessão com ganhos ligeiros, mas inverteu depois o rumo e cedia 0,05% para os 5.884,72 pontos, com seis cotadas em alta, 11 em baixa e três inalteradas.
O peso pesado Jerónimo Martins era ao início da jornada a cotada que mais castigava o índice principal da bolsa portuguesa. Com o avanço da sessão, a dona dos supermercados Pingo Doce regredia 0,43% com as ações a valerem 14,9 euros.
Também em destaque, pela negativa, estava uma vez mais o setor financeiro. As ações do BPI depreciavam 0,54% para os 0,927 euros, acompanhadas pelas perdas de 0,37% do BES para os 0,808 euros. Os papéis do BCP mantinham-se estáveis nos 0,097 euros. Os títulos do Banif cotavam 0,010 euros. O ESFG, que ontem fechou nos 5,25 euros, mantinha o recuo de 0,19% registado na sessão anterior.
Ainda a pressionar o mercado nacional estava a subsidiária EDP Renováveis, a depreciar 0,16% para 3,827 euros enquanto a casa mãe mantinha o valor das ações nos 2,698 euros. A contrabalançar estava a petrolífera Galp, que voltava a avançar esta quarta-feira 0,35% para os 13,04 euros, depois do anúncio da descoberta de gás natural em Moçambique.
O setor das telecomunicações impedia maiores perdas em Lisboa, impulsionado sobretudo pelos ganhos de 3,19% da Sonaecom para os 1,906 euros. Zon Multimédia e Portugal Telecom somavam 0,21% e 0,14% para os 4,209 euros e 2,919 euros respetivamente.
A Cofina também se destacava pela positiva com o preço das ações nos 0,455 euros resultado de uma valorização de 1,79%. A Mota Engil avançava 0,48% para os 2,725 euros.
Lá fora, a par dos dados económicos relativos ao PIB do segundo trimestre da zona euro e conjunto da União Europeia, as atenções dos investidores estão também voltadas para os desenvolvimentos do impasse sírio. Destaque ainda para a reunião de política monetária do Banco Central Europeu.
O índice Eurostoxx 50, que representa as principais empresas da zona euro, regredia esta manhã 0,45% para os 2.740,92 pontos, num dia marcado igualmente pelo tombo de 14% dos títulos da transportadora aérea “low cost” Ryanair. Trata-se da maior queda desde 2009.
À exceção de Atenas, a avançar 0,87%, o “vermelho” era cor dominante na Europa. O MIB italiano destacava-se com uma queda de 1,35%. Paris e Madrid recuavam 0,48% e 0,38% respetivamente. O FTSE londrino cedia 0,30% e o DAX alemão 0,17%.
Esta quarta-feira aguarda-se também que a Reserva Federal dos Estados Unidos publique o "livro Bege", que poderá indicar novos sinais em relação ao programa de estímulos monetários. Ainda nos EUA, os fabricantes de automóveis divulgam também hoje as vendas de agosto.