LISBOA, 10 Ago (Reuters) - O Índice de Preços no Consumidor (IPC) em Portugal teve uma queda mensal de 0,6 pct em Julho último, com a época de saldos a ditar o contributo negativo da classe de Vestuário e Calçado, confirmando o valor da estimativa rápida, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
"À semelhança dos anos anteriores, a redução de preços verificada em Julho coincide com o início do período de saldos de final de colecção", frisou o INE.
Realçou que "as classes com maior contributo positivo para a taxa de variação mensal foram a dos Transportes e dos Restaurantes e hotéis, com uma variação mensal de 0,8 pct e 1,4 pct, respetivamente".
Em sentido contrário "a classe com maior contributo negativo para a variação mensal do índice total foi a do Vestuário e calçado, com uma variação mensal de -13 pct".
No anterior mês de Junho, os preços no consumidor tinham subido 0,1 pct, em termos mensais, influenciados pela subida dos preços nos transportes.
Em termos homólogos, o IPC registou uma variação de 1,6 pct no passado mês de Julho, também em linha com o valor da estimativa rápida, e superior em 0,1 pontos percentuais à do mês anterior.
"Por classes de despesa e face ao mês precedente, são de destacar os aumentos das taxas de variação homóloga das classes dos Restaurantes e hotéis e da Habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis, com 4,8 pct e 2,6 pct", salientou.
"Em sentido oposto, assinala-se a diminuição da taxa da variação homóloga da classe das Comunicações e dos Acessórios, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação, com variações de 0,5 pct e -0,5 pct, respetivamente.
O indicador de inflação subjacente, ou seja, excluíndo produtos alimentares não transformados e energéticos, registou uma variação homóloga de 1 pct, valor idêntico ao registado em Junho.
O INE realçou ainda que em Julho de 2018, o IPC registou uma variação média dos últimos doze meses de 1,1 pct, em sintonia com o mês anterior. (Por Patrícia Vicente Rua Editado por Sérgio Gonçalves)