(Acrescenta comunicado das Finanças)
Por Sergio Goncalves
LISBOA, 14 Ago (Reuters) - O Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal cresceu em cadeia 0,5 pct no segundo trimestre de 2018, acelerando face ao ritmo de 0,4 pct no trimestre anterior, impulsionado pela exportações, segundo uma estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Adiantou que, no segundo trimestre de 2018, o PIB teve um crescimento homólogo de 2,3 pct, que compara com um aumento, em termos homólogos, de 2,1 pct no primeiro trimestre do corrente ano.
"O contributo da procura externa líquida para a variação em cadeia (no segundo trimestre face ao primeiro trimestre de 2018) do PIB foi ligeiramente menos negativo, refletindo a aceleração das Exportações de Bens e Serviços superior à das Importações de Bens e Serviços", explicou o INE.
Adiantou que, "por sua vez, o contributo positivo da procura interna manteve-se inalterado no segundo trimestre".
O Ministério das Finanças referiu que "este é o décimo sétimo trimestre consecutivo de crescimento inclusivo da economia portuguesa", ocorrendo num "contexto de equilíbrio das contas externas e de gestão orçamental responsável".
"Esta mudança estrutural, apoiada por condições de financiamento mais estáveis, é o melhor garante de resiliência face a eventuais flutuações externas bem como da provisão sustentável de serviços públicos, não apenas no presente mas também no futuro", acrescentou em comunicado.
Segundo o INE, em termos homólogos, "a procura interna registou um contributo mais positivo, em resultado da aceleração do consumo privado".
Adiantou que "o investimento apresentou um crescimento menos acentuado, determinado em larga medida pela diminuição da Formação Bruta de Capital Fixo em Material Transporte, refletindo o efeito base da forte aceleração verificada no segundo trimestre de 2017".
"A procura externa líquida apresentou um contributo negativo idêntico ao observado no trimestre anterior", disse o INE.
O Governo prevê que a economia portuguesa cresça 2,3 pct em 2018, após ter crescido 2,7 pct em 2017, ano em que teve o ritmo mais forte em 17 anos.
O Ministério das Finanças destacou que a estimativa rápida do INE "está alinhada com as expectativas traçadas pelo Governo no Orçamento do Estado para 2018".
Realçou que "prossegue a tendência de convergência com a União Europeia, estando o crescimento nacional ligeiramente acima do europeu e do da zona euro, ou seja 2,2 pct e 2,1 pct em termos homólogos, respetivamente".
"O padrão de crescimento face ao período homólogo continuou marcado por uma forte dinâmica de criação de emprego (aumento de 2,4 pct, com 114 mil novos empregos) e de redução do desemprego (redução de 2,1 pontos percentuais, menos 110 mil desempregados)", afirmou.
As Finanças sublinharam "também os contributos importantes do investimento e das exportações (10,5 pct).
(Por Sérgio Gonçalves; Editado por Catarina Demony e Patrícia Vicente Rua)