LISBOA, 16 Jan (Reuters) - Os novos contratos de crédito ao consumo em Portugal tiveram um crescimento homólogo de 13,3 pct para 566 milhões de euros (ME) em Novembro de 2016, suportado na rúbrica de créditos pessoais sem finalidade específica, segundo o Banco de Portugal (BP).
Realça que o crédito pessoal destinado à Educação, Saúde, Energias Renováveis e Locação Financeira de Equipamentos teve uma subida homóloga de 18,1 pct para 4,7 ME, mas quando comparado com o mês anterior caiu 15,1 pct.
Já a rúbrica de outros créditos pessoais sem finalidade específica, ascendeu em Novembro último a 241,7 ME, a que corresponde um crescimento homólogo de 15,6 pct. Face ao mês anterior, esta rúbrica teve uma subida de 5,1 pct.
No caso do crédito automóvel, o valor dos empréstimos para viaturas novas, com reserva de propriedade e outros, cresceu 43,4 pct, em termos homólogos, para 59 ME, enquanto na mesma modalidade, mas para automóveis usados, a subida foi de 37,1 pct para 125 ME.
Já no caso da utilização do crédito para compra de automóveis em locação ou ALD, houve uma subida homóloga de 29,4 pct para 8,5 ME, no segmento de usados, e uma subida de 2,2 pct para 30 ME no segmento de carros novos.
O banco central realça ainda que o crédito via cartões de crédito, linhas de crédito, contas correntes bancárias e facilidades de descoberto caiu 17,9 pct, em termos homólogos, para 97,1 ME.
Estes valores são obtidos a partir de informação que as instituições de crédito reportam ao BP.
O número de novos contratos de crédito ao consumo em Portugal diminuiu 6,8 pct em Novembro de 2016, face ao período homólogo de 2015. Quando comparado com o mês anterior, houve um aumento de 9,6 pct.
O actual Governo socialista deu prioridade este ano ao relançamento do crescimento económico assente no aumento de rendimento das famílias e no apoio ao investimento das empresas.
O Executivo prevê uma expansão de 1,5 pct do PIB em 2017, estimando que o consumo privado cresça 1,5 pct.
No entanto, o OE para 2017 trouxe um novo agravamento do Imposto sobre Veículos, depois de em 2016 este imposto já ter sido aumentado, a par o Imposto sobre Produtos Petrolíferos e do Imposto de Selo. (Por Patrícia Vicente Rua; Editado por Daniel Alvarenga)