LISBOA, 21 Ago (Reuters) - O número de desempregados em Portugal caiu para mínimos de 16 anos, em Julho último, suportada na evolução económica do país e na estratégia de aumento de rendimentos dos portugueses, segundo o secretário de Estado do emprego, Miguel Cabrita.
"Esta é uma evolução sustentada e que é a tradução visível de uma estratégia politica (...) baseada no aumento do salário mínimo nacional, com a devolução de rendimentos, o fim de cortes salarias, o fim da sobretaxa de IRS, o fim dos cortes nas pensões, também o aumento dos apoios sociais", acrescentou o secretário de Estado.
O IEFP anunciou hoje uma queda homóloga de 20,6 pct no número de desempregados registados até ao final de Julho deste ano para os 333.587.
"É o valor mais baixo em exatamente 16 anos. (...) Este ritmo de diminuição do desemprego foi ainda mais forte entre os jovens, onde chegou aos 30 pct, e nos desempregados de longa duração, onde a diminuição foi de 24,2 pct", acrescentou o secretário de Estado.
A taxa de desemprego em Portugal tem vindo a cair nos últimos dois anos e no segundo trimestre de 2018 registou 6,7 pct, para o valor mais baixo da série iniciada no primeiro trimestre de 2011, segundo o INE-Instituto Nacional de Estatística.
"Esta é uma tendência que se tem vindo a consolidar em termos da evolução da economia e do mercado de trabalho", disse Miguel Cabrita, acrescentando que desde o inicio da actual legislatura "foram já criados mais de 300 mil postos de trabalho em todos os sectores".
A nível regional, e comparando com o mês de Julho de 2017, o desemprego registado diminuiu em todas as regiões do país, destacando-se, com as descidas percentuais mais acentuadas, as regiões do Alentejo (-24 pct), Centro e Algarve (-22,3 pct). (Por Gonçalo Almeida Editado por Patrícia Vicente Rua)