LONDRES, 26 Fev (Reuters) - As 'yields' das obrigações da zona euro estabilizaram na sexta-feira após o dramático selloff desta semana, embora a taxa do 'benchmark' alemão esteja ainda a caminho do seu maior salto mensal desde 2016, uma vez que o aumento das expectativas de inflação desencadeou a venda de dívida-refúgio.
Os movimentos nos rendimentos da zona euro no início da sexta-feira foram, contudo, mais limitados do que nos últimos dias voláteis, e os rendimentos do Tesouro dos EUA US10YT=RR - que levaram ao 'selloff' - baixaram apenas 4 pontos base para 1,477% após terem atingido um máximo de mais de um ano na quinta-feira.
O aumento das 'yields' das obrigações do governo, inicialmente impulsionado pelas esperanças de estímulo orçamental nos Estados Unidos e por uma recuperação económica pós-pandémica que poderia alimentar a inflação, repercutiu-se na área do euro.
Os decisores de política têm procurado dissipar os receios de que em breve tornariam a política mais restritiva. O Banco Central Europeu disse esta semana que estava a acompanhar de perto o aumento das 'yields'.
Os rendimentos a 10 anos da Alemanha DE10YT=RR , a referência da região, estão a caminho do seu maior ganho mensal desde 2016, com um aumento de 27 pontos de base às 0755 GMT.
Na sexta-feira, subiram para -0,203%, um nível não igualado desde o crash do mercado COVID-19 em Março passado, antes de baixarem 2 pontos de base em -0,255%.
Texto integral em inglês: (Por Tommy Wilkes; Traduzido para português por Patrícia Vicente Rua)