O novo mínimo, que é de 600 euros (R$ 2,67 mil), chegará aos 750 euros (R$ 3,33 mil) em 2023, quando acabará o mandato. A justificativa é a inflação progressiva, diante da "dinâmica do emprego e crescimento econômico".
Caso o objetivo seja cumprido, desde que assumiu o poder, em 2015, quando o valor era de 505 euros (R$ 2,24 mil), o salário básico subiria em Portugal em torno de 50% até daqui quatro anos.
O primeiro-ministro anunciou também que aprofundará as diferentes reformas estruturais pendentes, especialmente na área da saúde.
Costa ainda garantiu que estão entre as prioridades do novo governo, a atenção à mudança climática, a transição digital, além do enfrentamento do problema demográfico e da desigualdade.
Entre as medidas urgentes, anunciou o fechamento da usina termelétrica de Pego, na região central de Portugal, em 2021, e da produção na central de Sines, no sul, em 2023.
Também revelou que, durante o atual mandato, entrarão em funcionamento as usinas hidrelétricas que estão sendo construídas na bacia do Tâmega, no norte, pela empresa espanhola Iberdrola (MC:IBE).
Costa admitiu que terá um longo caminho a percorrer na tentativa de reduzir a desigualdade entre o litoral e o interior do país, e para combater a violência sexual contra mulheres, que já fez 25 vítimas neste ano.
Tudo isso, sem deixar de lado o objetivo de reduzir a dívida do país a 100% do Produto Interno Bruto (PIB), sem que o déficit público dispare.
Para alcançar os objetivos, Costa montou um governo com 19 ministros e 50 secretários de Estado, o maior gabinete da atual era democrática de Portugal.
O primeiro-ministro destacou que voltará a negociar com a esquerda, para garantir a estabilidade, a palavra que mais repetiu no primeiro discurso do novo mandato, afinal, governa em minoria. Mas, também afirmou que não se limitará a conversar com um só bloco.
"Portugal precisa de uma democracia viva, com um governo estável e uma oposição de direita que se constitua como alternativa", apontou.