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Vendas retalho crescem e inflação avança em janeiro nos EUA

Publicado 15.02.2017, 15:04
© Reuters.  Vendas retalho crescem e inflação avança em janeiro nos EUA

WASHINGTON, 15 Fev (Reuters) - As vendas a retalho nos Estados Unidos subiram mais do que o esperado em janeiro, uma vez que as famílias compraram produtos eletrónicos e uma variedade de outros bens, apontando para uma procura interna sustentada que deve impulsionar o crescimento económico no primeiro trimestre.

As perspectivas de melhoria da economia também foram realçadas por outros dados nesta quarta-feira mostrando que os preços no consumidor no mês passado registaram o seu maior aumento em quase quatro anos.

Estes dados optimistas saiem um dia depois da 'chair' da Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, Janet Yellen, ter sinalizado a chance de uma subida dos juros no próximo mês.

"A economia dos EUA tem um pouco de impulso no início do ano", disse a economista sénior da BMO Capital Markets em Toronto, Jennifer Lee. "Os relatórios desta manhã acrescentam um pouco mais de impulso para a Fed agir neste trimestre."

O Departamento de Comércio disse que as vendas a retalho aumentaram 0,4 por cento no mês passado. As vendas a retalho de dezembro foram revistas em alta para um aumento de 1,0 por cento, em vez do avanço previamente relatado de 0,6 por cento.

O dólar estendeu os ganhos contra um cabaz de moedas após os dados, enquanto os preços dos Treasuries caíram.

Num relatório separado, o Departamento do Trabalho disse que seu Índice de Preços no Consumidor saltou 0,6 por cento no mês passado, o maior aumento desde fevereiro de 2013, depois de ganhar 0,3 por cento em dezembro. O movimento refletiu a subida dos preços da gasolina, do vestuário e dos veículos motorizados, entre outros.

Nos 12 meses até janeiro, o Índice de Preços no Consumidor teve um aumento de 2,5 por cento, o maior ganho anual desde março de 2012.

A Fed tem uma meta de inflação de 2 por cento, enquanto a inflação está actualmente em 1,7 por cento. O fortalecimento da procura doméstica, junto com uma inflação firme e um mercado de trabalho apertado podem permitir que a Fed aumente os juros pelo menos duas vezes neste ano. (Por Lucia Mutikani; Traduzido para português por Sérgio Gonçalves)

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