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CÂMBIO-Dólar dispara e supera R$5,67 com preocupação fiscal; BC vende moeda à vista

Publicado 20.08.2020, 17:22
USD/BRL
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BRBY
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DOLc1
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(Texto atualizado com resultado de leilões e novas cotações)

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO, 20 Ago (Reuters) - O dólar disparava nesta quinta-feira, chegando a superar a marca de 5,67 reais, em meio a pessimismo de investidores sobre a saúde fiscal do Brasil, principalmente depois que o Senado derrubou o veto que impede reajuste salarial de servidores.

Às 13:22, o dólar BRBY avançava 1,63%, a 5,6210 reais na venda. Na máxima do dia, a divisa saltou 2,59%, a 5,674 reais. Considerando fechamento, esse seria o maior patamar desde 20 de maio (5,6902 reais).

O principal contrato de dólar futuro DOLc1 subia 1,11%, a 5,6210 reais, depois de alcançar 5,6750 reais.

O Senado derrubou na quarta-feira veto presidencial a projeto sobre reajuste salarial a categorias do serviço público durante a pandemia de Covid-19, medida que foi chamada de "péssimo sinal" pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. proibição da concessão de aumentos havia sido estabelecida pelo governo como contrapartida ao auxílio federal de 60 bilhões de reais repassado a Estados e municípios para o enfrentamento da crise do coronavírus. A derrubada do veto ainda terá de passar por votação na Câmara dos Deputados, cujo presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a Casa está trabalhando para manter o veto.

"O clima está bem pesado", disse à Reuters Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos. "Essa derrota ontem no Senado foi inacreditável. O principal risco do Brasil é o fiscal, e em meio a conversas sobre extensão do auxílio emergencial, isso vai continuar prejudicando as contas públicas."

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"Se realmente a Câmara confirmar a derrubada desse veto, não acharia estranho ver o dólar voltar a buscar os 5,80 reais", completou, acrescentando que a confiança em Paulo Guedes é um fator que tem impedido depreciação maior da moeda brasileira.

A disparada do dólar acontece em meio a um cenário de incertezas políticas, depois que boatos sobre uma possível demissão do ministro da Economia abalaram os mercados.

Ainda que tanto Guedes quanto o presidente Jair Bolsonaro tenham desmentido os rumores, afirmando que seguirão juntos na administração e que o teto de gastos será respeitado, a cautela permanecia, principalmente no contexto da grave crise sanitária e econômica causada pela pandemia de Covid-19.

"Grosseiramente, poderíamos afirmar que 'está caindo a ficha', e, então, se constata que grande parte das projeções e perspectivas precipitadamente assumidas para construção de ambiente otimista não têm sustentabilidade, e que o país pode estar simplesmente insinuando o 'voo da galinha', disse em nota Sidnei Moura Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora.

"O dólar é o fator que demonstra mais imediatamente os reflexos de preocupação com o agravamento da questão fiscal e, assim, na medida em que aumenta a percepção de risco, repercute no seu preço e se descola do comportamento externo da moeda americana", completou.

Nesta quinta-feira, dentro de uma cesta de mais de 30 moedas de todo o mundo, o real registrava o pior desempenho em relação ao dólar. A moeda norte-americana operava em queda contra uma cesta de seis divisas de países ricos =USD .

O BC fez leilão de moeda à vista nesta sessão, colocando 590 milhões de dólares. A autoridade monetária também vendeu todos os 12 mil contratos de swap cambial tradicional disponibilizados em operação de rolagem.

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"O mercado vai precisar de mais proteção. O Banco Central tem tentado conter essa volatilidade devido às expectativas e pânico", mas não consegue, sozinho, levar o dólar de volta a um patamar mais baixo, comentou Beyruti.

O dólar negociado no mercado interbancário fechou a última sessão em alta de 1,14%, a 5,5309 reais na venda, maior patamar desde 22 de maio.

O dólar sobe 40,4% em 2020, o que faz do real, de longe, a moeda com pior desempenho entre as principais divisas. (Edição de José de Castro)

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