Poupe 40%
Novo! 💥 Adira a ProPicks e veja a estratégia que superou o S&P 500 em + de 1,183% Poupe 40%

CÂMBIO-Dólar tem maior queda desde setembro e flerta com suporte técnico por exterior e Campos Neto

Publicado 18.10.2019, 21:47
CÂMBIO-Dólar tem maior queda desde setembro e flerta com suporte técnico por exterior e Campos Neto

(Texto atualizado com mais informações)

Por José de Castro

SÃO PAULO, 18 Out (Reuters) - O dólar sofreu nesta sexta-feira a maior queda percentual diária em mais de seis semanas, de mais de 1%, com investidores realizando lucros depois de na véspera catapultarem a cotação de novo para perto do patamar psicológico de 4,20 reais.

O real teve o melhor desempenho entre as principais divisas nesta sessão. A queda do dólar foi expressiva a ponto de aproximar a cotação de um importante suporte técnico, que se deixado para trás poderia acionar novas ordens de venda de dólar e puxar a cotação ainda mais para baixo.

Segundo operadores, o mercado embolsou lucros nesta sessão depois de forte pressão de alta que colocou a moeda em patamares mais atrativos para venda.

Ajudaram nesse movimento declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, esclarecendo comentários da quinta-feira sobre possibilidade de compra de dólares. Na véspera, o dólar superou 4,18 reais após o presidente do BC comentar sobre chances de aquisições de moeda caso fluxos dos leilões do pré-sal gerem distorções no mercado.

Apesar de reconhecer que o real pode se apreciar com a entrada de recursos com a cessão onerosa e com programas de privatizações e de concessões, ele frisou que o câmbio é flutuante. "O que nós sempre dizemos é que o banco central faz intervenções em momento onde tem gap de liquidez, ou seja, tem ruptura de um processo contínuo", afirmou. Bruno Marques, gestor dos fundos multimercados da XP Asset, o câmbio parece "mais equilibrado" nos atuais níveis, mas de toda forma deve agora começar a antecipar o fluxo dos leilões da cessão onerosa, com potencial fluxo estrangeiro, o que pode jogar a favor de algum alívio adicional no dólar.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta, nem recomendação da Investing.com. Ver declaração aqui ou remover anúncios .

As áreas em oferta no leilão de 6 de novembro juntas somam um bônus de assinatura total fixo de cerca de 106,5 bilhões de reais. BAIXOS

Com a baixa desta sessão, o dólar passou a acumular queda de 0,87% em outubro, mas em 2019 ainda sobe cerca de 6,2%. Como motivo para essa alta, analistas citam a escassez de fluxo em parte pela falta de estímulo a operações com o real devido à queda do diferencial de juros a mínimas históricas, na esteira do recuo da Selic também a pisos recordes.

A chance de mais quedas dos juros e a expectativa de que se mantenham em patamares mínimos são elementos que devem limitar qualquer apreciação mais consistente do real, segundo Marques, da XP Asset, pelo menos até uma recuperação mais visível da atividade econômica.

"A taxa de câmbio vai se ajustar as expectativas em relação ao conjunto de fundamentos domésticos e externos. E o BC (Banco Central) vai calibrar os juros levando em conta estes efeitos na inflação", disse Marcos Mollica, gestor no Opportunity.

No mercado à vista do Brasil, o dólar BRBY fechou esta sexta-feira em queda de 1,22%, a 4,1193 reais na venda.

É a maior queda diária desde 4 de setembro (-1,79%). O patamar é o mais baixo desde a sexta-feira da semana passada (4,0954 reais na venda).

Na B3, onde os negócios com dólar futuro vão até as 18h, o contrato de dólar de maior liquidez DOLc1 cedia 1,15% às 17h29, a 4,1195 reais.

Na mínima do dia, o dólar spot bateu 4,1112 reais na venda, em baixa de 1,41%. Com isso, ficou a menos de 1 centavo da média móvel linear de 50 dias (4,1051 reais na venda).

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta, nem recomendação da Investing.com. Ver declaração aqui ou remover anúncios .

Em 4 de outubro, esse suporte técnico chegou a ser rompido, mas de maneira tímida, e na sessão seguinte o dólar retomou a alta. Na ocasião, o fracasso na tentativa de cair, de forma consistente, abaixo desse nível técnico acabou atraindo compras do mercado, o que impulsionou o dólar e aproximou a moeda novamente do patamar psicológico de 4,20 reais.

Mesmo com o alívio desta sexta, o dólar à vista apenas conseguiu reduzir a alta da semana, que ficou em 0,58%, na segunda semana consecutiva de valorização. E a volatilidade implícita de três meses de opções de dólar/real BRL3MO= --uma medida da incerteza sobre o rumo da taxa de câmbio-- subiu a 12,625% nesta sessão, máxima em quase um mês, indicação de que o cenário para o câmbio segue instável.

No exterior, o dólar .DXY recuava 0,34% contra uma cesta de moedas, atingindo os menores níveis desde 23 de agosto, puxado pela valorização do euro EUR= e da libra GBP= , beneficiadas pela expectativas de aprovação, pelo Parlamento britânico, de acordo para o Brexit já acertado entre o Reino Unido e a União Europeia (UE). (Edição Alberto Alerigi Jr.)

Últimos comentários

Divulgação de riscos: A realização de transações com instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve altos riscos, incluindo o risco de perda de uma parte ou da totalidade do valor do investimento, e pode não ser adequada para todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos tais como eventos financeiros, regulamentares ou políticos. A realização de transações com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir realizar transações com instrumentos financeiros ou criptomoedas, deve informar-se sobre os riscos e custos associados à realização de transações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente os seus objetivos de investimento, nível de experiência e nível de risco aceitável, e procurar aconselhamento profissional quando este é necessário.
A Fusion Media gostaria de recordar os seus utilizadores de que os dados contidos neste website não são necessariamente fornecidos em tempo real ou exatos. Os dados e preços apresentados neste website não são necessariamente fornecidos por quaisquer mercados ou bolsas de valores, mas podem ser fornecidos por formadores de mercados. Como tal, os preços podem não ser exatos e podem ser diferentes dos preços efetivos em determinados mercados, o que significa que os preços são indicativos e inapropriados para a realização de transações nos mercados. A Fusion Media e qualquer fornecedor dos dados contidos neste website não aceitam a imputação de responsabilidade por quaisquer perdas ou danos resultantes das transações realizadas pelos seus utilizadores, ou pela confiança que os seus utilizadores depositam nas informações contidas neste website.
É proibido usar, armazenar, reproduzir, mostrar, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos neste website sem a autorização prévia e explicitamente concedida por escrito pela Fusion Media e/ou pelo fornecedor de dados. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados pelos fornecedores e/ou pela bolsa de valores responsável pelo fornecimento dos dados contidos neste website.
A Fusion Media pode ser indemnizada pelos anunciantes publicitários apresentados neste website, com base na interação dos seus utilizadores com os anúncios publicitários ou com os anunciantes publicitários.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que há qualquer discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.