(Texto atualizado com mais informações)
Por Luana Maria Benedito
SÃO PAULO, 16 Dez (Reuters) - O dólar operava em queda nesta segunda-feira, abaixo da marca de 4,09 reais, com os investidores ainda absorvendo a consolidação de um esperado acordo comercial inicial entre os Estados Unidos e a China.
Às 10:07, o dólar BRBY recuava 0,67%, a 4,0810 reais na venda. O contrato mais negociado de dólar futuro DOLc1 operava em queda de 0,63% neste pregão, a 4,0840 reais.
Depois de mais de um ano de tensões, os Estados Unidos e a China amenizaram sua guerra comercial na sexta-feira, anunciando a "fase um" de um acordo que reduz algumas tarifas dos EUA em troca do aumento das compras chinesas de produtos agrícolas norte-americanos. principal negociador comercial dos Estados Unidos, Robert Lightzer, elogiou a "fase um" do acordo comercial com a China, que deve quase dobrar as exportações norte-americanas para a China nos próximos dois anos, enquanto o país asiático continua cauteloso antes da assinatura do pacto. dia do anúncio do acordo, na sexta-feira, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,38%, a 4,1086 reais na venda, com os mercados inicialmente avaliando o pacto como pior do que o precificado.
Entretanto, segundo Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria, apesar da frustração inicial, "a direção do dólar realmente era para baixo, com a melhora do ambiente externo. Há uma percepção mais favorável do cenário, levando à diminuição da aversão a risco".
Frente a outras moedas arriscadas, a divisa norte-americana apresentava desempenho misto, recuando contra o rand-sul africano ZAR= e ganhando ante a lira turca TRY= e o peso mexicano MXN= .
Daqui para frente, os mercados devem ficar atentos a mais detalhes sobre o acordo comercial entre as duas maiores economias do mundo. Uma data para as autoridades norte-americanas e chinesas assinarem formalmente o acordo será determinada, disse Lighthizer.
Nesta segunda-feira, o Banco Central vendeu todos os 10 mil contratos de swap cambial reverso e todos os 500 milhões de dólares em moeda à vista ofertados. (Edição de Camila Moreira)