(Texto atualizado com mais informações)
SÃO PAULO, 15 Jul (Reuters) - O dólar começou a quarta-feira em queda ante o real, estendendo movimento da véspera sob a batuta do movimento da moeda no exterior, em meio a um maior apetite por ativos de risco diante de esperanças quanto a uma vacina para o Covid-19.
Às 9h34, o dólar à vista BRBY recuava 0,72%, a 5,3100 reais na venda. Na véspera, a moeda caiu 0,73%.
Na B3, o dólar futuro DOLc1 cedia 1,25%, a 5,3075 reais.
No exterior, o índice do dólar frente a uma cesta de moedas =USD perdia 0,31%, enquanto moedas de maior risco --como o real-- lideravam os ganhos nos mercados de câmbio, com destaque para rand sul-africano ZAR= (+1,4%), coroa norueguesa NOK= (+1,1%) e peso mexicano MXN= (+0,8%).
"Os mercados na madrugada receberam uma injeção de ânimo ao serem informados dos avanços da vacina da Moderna ", disse Pablo Spyer, diretor de operações da Mirae Asset.
A norte-americana Moderna MRNA.O produziu uma vacina experimental contra o Covid-19 que provocou respostas imunológicas em todos os 45 voluntários saudáveis. Isso fortaleceu esperanças de que a pandemia possa ser controlada e, assim, economias possam avançar em processos de reabertura.
Em Wall Street, os futuros do S&P 500 EScv1 e do Dow Jones 1YMcv1 subiam 1,4% e 2%, respectivamente, enquanto na Europa .STOXX as ações saltavam 2%. As commodities .TRCCRB --cuja alta beneficia moedas de perfil como o do real-- ganhavam 0,6%, puxadas pela valorização de 1,1% do petróleo LCOc1 .
No Brasil, o mercado analisava ainda dados de inflação medida pelo IGP-10 de julho, que saltou 1,91% sobre junho, quando avançou 1,55%. a Infinity Asset, o índice superou o topo das projeções do mercado. O dado ajuda a frear apostas de que o Banco Central promova corte residual da Selic no próximo mês, expectativa que na véspera havia ganhado suporte com a leitura mais fraca do IBC-Br. isso, reduz-se a pressão sobre o câmbio, devido à menor perspectiva de nova diminuição nos diferenciais de juros entre o Brasil e o mundo, um dos fatores citados por analistas para explicar a falta de apetite pela moeda brasileira. (Por José de Castro; Edição de Camila Moreira)