LONDRES, 1 Mar (Reuters) - O dólar registou um máximo de sete semanas esta quarta-feira com sinais vindos de dois decisores de política da Reserva Federal de que as taxas de juro podem aumentar este mês a ofuscarem o primeiro discurso de política do Presidente Donald Trump perante o Congresso.
O Presidente da Fed em Nova Iorque William Dudley, que detém um voto permanente no comité de mercado livre do banco central norte-americano e um aliado próximo da presidente Janet Yellen, disse que as razões para uma política monetária mais apertada "tornaram-se muito mais atraentes".
John Williams, Presidente da Fed de São Francisco, disse que um aumento de taxas de juro está na mesa para séria consideração na reunião de Março dado o pleno emprego e a aceleração da inflação.
Isto levou a um aumento do retorno de deter dólares no mercado de dívida, com as 'yields' do Tesouro a 10 anos a subir até aos 5 pontos base nos 2,411 pct US10Y=RR .
Os futuros do mercado monetário FFH , FFJ7 estão a precificar uma hipótese de quase 70 pct de um aumento das taxas de juro oficiais em Março, comparadas com apenas pouco mais de 30 pct na terça-feira.
"Os comentários dos outros responsáveis da Fed esta semana juntaram-se à política habitualmente agressiva nos mercados de taxas e deram algum apoio ao dólar", disse o estrategista do Barclays (LON:BARC) Mitul Kotecha.
As expectativas de terça-feira de que Trump desse mais detalhes sobre o plano de estímulos, que originou fortes ganhos no dólar em Novembro, não foram cumpridas.
Num discurso que contrastou com a retórica mais dura durante a sua campanha eleitoral, Trump disse que está aberto a uma reforma do sistema de imigração norte-americano e prometeu um corte de impostos massivo para a classe média, mas não elaborou detalhes. integral em inglês: de Ritvik Carvalho, Traduzido para português por João Maurício em Gdynia; editado por Sérgio Gonçalves em Lisboa)