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Posição técnica ajudará real a partir de agora, mas moeda não superará pares, diz BNP Paribas

Publicado 17.02.2020, 16:04
© Reuters.  Posição técnica ajudará real a partir de agora, mas moeda não superará pares, diz BNP Paribas
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SÃO PAULO, 17 Fev (Reuters) - A posição técnica em real sugere que qualquer notícia positiva poderá colaborar para alguma apreciação da divisa brasileira a partir de agora, mas os gatilhos para isso serão de origem externa, com a cena doméstica falhando em oferecer sozinha algum alívio, avaliou Gabriel Gersztein, estrategista-chefe global para mercados emergentes do BNP Paribas (PA:BNPP).

E mesmo que o real mostre alguma recuperação, não terá um desempenho superior ao de seus pares emergentes, apesar de encabeçar as perdas globais neste começo de ano.

Utilizando o modelo de câmbio BEER --mais sensível a variáveis de curto prazo--, Gersztein conclui que a taxa de câmbio deveria estar mais perto de 4,05 reais por dólar do que dos atuais 4,32 reais.

"Olhando pelo copo meio vazio, ninguém tem apetite pelo real. Pelo copo meio cheio, a posição técnica está tão do lado 'do mal' para o real que geralmente isso produz um short squeeze... Não que isso vá acontecer, mas o risco é maior do que três meses atrás", afirmou o estrategista, citando posições em real nos mercados futuros, de NDFs e opções.

O short squeeze ocorre quando há uma rápida e ampla zeragem de posições direcionais em um ativo via operação oposta. No caso do real, se há grandes volumes de operações que ganham com a queda da moeda, um short squeeze levaria a uma reversão dessas apostas via compra, o que faria o preço da moeda subir.

A ajuda ao real viria de um dólar mais fraco no mundo. Gersztein ainda estima que a moeda norte-americana perderá força ao longo do ano em relação aos patamares atuais, em parte pelo aumento de liquidez promovido pelo Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, via operações no mercado monetário.

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Ainda assim, a divisa doméstica não tende a registrar performance superior a seus pares, mesmo vindo de um desempenho mais fraco neste começo de ano.

Ele atribui a lanterna do real nos últimos meses a uma combinação de fatores que inclui baixo carry, incertezas sociais na América Latina, pré-pagamento de dívida externa por empresas brasileiras, uso da moeda como hedge, crise Argentina, coronavírus e piora na conta corrente.

Gersztein calcula, porém, que pelo menos 70% do processo de troca pelas empresas de dívida externa por local já tenha sido concluído, o que pode ajudar a evitar um fluxo cambial mais negativo.

O dólar BRBY escalou a recordes históricos acima de 4,38 reais na semana passada, antes de dar uma trégua conforme o Banco Central atuou injetando liquidez no mercado via contratos de swap cambial. No ano, contudo, a moeda dos EUA ainda sobe 7,8%, o que faz o real liderar as perdas entre as principais divisas globais.

RENDA FIXA ATRATIVA

Apesar da sinalização do Banco Central de que vai parar de cortar os juros, Gersztein acredita que a renda fixa segue atrativa e que a curva brasileira 0#DIJ: é a mais inclinada dentre todos os principais mercados emergentes.

"Todas as reformas que estão sendo feitas, o mundo crescendo menos por causa do coronavírus e a taxa do Treasury de dez anos mais baixa nos levam a crer que há prêmio entre os trechos intermediários e longos da curva brasileira", disse. "O momento não apenas é para manter posições como para aumentá-las", acrescentou.

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O estrategista disse que mesmo aqueles que veem risco de o BC subir juros para evitar uma depreciação "mais substancial" do real encontram motivos para vender juros longos, à espera de um achatamento da curva (flattening).

"O fato de a curva estar tão inclinada faz os vencimentos 23 e 24 muito atrativos", disse, referindo-se aos DIs para janeiro 2023 DIJF23 e janeiro 2024 DIJF24 .

O estrategista aposta em desinclinação da curva entre esses vértices e tem como meta uma taxa a termo (FRA) entre 6,5% ao ano e 6,75%, depois de ter iniciado a posição com o FRA em 7,3%. Na sexta-feira, o FRA nesse intervalo estava em 7,07%.

"A normalização dos juros no Brasil não necessariamente indica que voltaremos às taxas de antes. Acredito que houve uma quebra estrutural. A taxa de juros está hoje estruturalmente mais baixa. Então uma taxa de 7,3% para aqui a três anos está esticada." (Por José de Castro; Edição de Camila Moreira)

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