LISBOA, 14 Out (Reuters) - O índice accionista português PSI20 .PSI20 sobe 0,7 pct com a petrolífera Galp Energia GALP.LS a ser a que mais apoia, após divulgar os dados operacionais do terceiro trimestre, num dia de sentimento positivo ajudado pela subida inesperada dos preços no produtor na China em Setembro, segundo dealers.
* A Galp ganha 1,1 pct para 12,6 euros.
O volume de crude processado pela petrolífera portuguesa caiu 1,4 pct em termos homólogos para 29,4 milhões de barris no terceiro trimestre de 2016, enquanto a margem de refinação 'benchmark' contraiu 63,1 pct para 2,3 dólares por barril.
Contudo, a produção 'net entitlement' - sem custos com direitos de exploração pagos aos Estados - aumentou 62,8 pct para 71,5 mil barris diários. preço do barril de Brent em Londres segue hoje a subir 0,7 pct para 52,4 dólares e o Nymex em Nova Iorque avança 1,2 pct para 51 dólares.
* A EDP (SA:ENBR3) EDP.LS valoriza 1 pct e a EDP Renováveis EDPR.LS 0,7 pct. A telecom NOS NOS.LS soma 0,6 pct e o operador postal CTT CTT.LS ganha 1,2 pct.
* Na banca, o BPI BBPI.LS sobe 0,2 pct para 1,13 euros.
O 'board' do BPI considera a Oferta Pública de Aquisição do Caixabank CABK.MC oportuna e amigável, mas avalia o banco português em 1,38 euros por acção, ou seja 22 pct acima do que oferece o banco espanhol. Conselho de Administração do BPI prevê que o Caixabank corte 1.000 colaboradores ou 17 pct da força laboral do banco português em Setembro de 2016, que é o alvo de uma Oferta Pública de Aquisição lançada pelo espanhol. A Navigator NVGR.LS ganha 1 pct e a REN RENE.LS 0,7 pct, enquanto a Sonae YSO.LS valoriza 0,7 pct.
* O europeu STOXX 600 .STOXX sobe 0,9 pct.
* A ajudar, os preços no produtor subiram inesperadamente na China em Setembro, o seu primeiro aumento em quase cinco anos, graças a valores sólidos das matérias-primas, o que é uma boa notícia para o Governo na sua luta para reduzir a crescente montanha de dívida das empresas. Hoje é também dia de apresentação do Orçamento de Estado de 2017, um momento importante para os investidores avaliarem a trajectória de consolidação das finanças públicas e as opções estratégicas do Governo liderado pelo primeiro-ministro socialista António Costa, e apoiado pelo Bloco de Esquerda e PCP no Parlamento.
Na semana passada, o secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e Finanças disse à Reuters que o OE para 2017 vai prever o corte do défice para ligeiramente abaixo de 2 pct com a aceleração do crescimento e que o Governo "está confortável" que em 2016 terá um défice inferior a 2,5 pct do PIB. (Por Daniel Alvarenga; Editado por Sérgio Gonçalves)