Investing.com – Os títulos do BCP puxaram pela bolsa de Lisboa ao início da sessão desta terça-feira e assim continuaram até ao final da jornada acompanhados pelas ações da EDP.
O principal índice do mercado português acentuou os ganhos e fechou o dia em alta de 0,63% para os 5.788,83 pontos, com 13 cotadas em alta, cinco em baixa e duas inalteradas.
Ainda a beneficiar da apresentação de resultados, ontem após o fecho do mercado, as ações do BCP destacaram-se pela positiva com uma valorização de 2,13% para os 0,096 euros. O banco anunciou perdas de 488,2 milhões de euros no primeiro semestre do ano, em comparação com as perdas de 544,3 milhões de euros registadas em igual período do ano passado. O número superou, mesmo assim, as previsões dos analistas que apontavam para prejuízos de 445 milhões de euros.
A tendência de ganhos foi transversal aos títulos do BES e do BPI, que subiram 0,97 % e 0,1% para os 0,728 euros e um euro respetivamente. As ações do Banif fecharam inalteradas nos 0,047 euros depois de terem estado a perder. Esta segunda-feira, o banco anunciou a venda de menos obrigações do que o montante máximo previsto. No âmbito da Oferta Pública de Subscrição (OPS), a procura atingiu apenas 26,81% da oferta de 225 milhões de euros em obrigações. O ESFG recuou 0,11% para os 5,24 euros.
Também o setor energético se destacou com as ações da EDP a somarem 1,62% para os 2,642 euros e da subsidiária EDP Renováveis a avançarem 0,47% para os 3,839 euros. Os títulos da Galp consolidaram a tendência crescente do início da sessão e acabaram por valorizar 0,71% para os 12,09 euros.
O setor das telecomunicações também se manteve em alta, protagonizado pela subida de 2,74% das ações da Zon Multimédia para os 4,314 euros. Os títulos da Portugal Telecom ganharam 0,51% para os 2,95 euros e os da Sonaecom terminaram inalterados nos 1,78 euros.
A impedir maiores ganhos na praça lisboeta estiveram a Jerónimo Martins e a Semapa, a regredir 1,41% e 0,68% para os 15,68 euros e 6,565 euros respetivamente. A Jerónimo Martins deverá apresentar amanhã resultados do segundo trimestre. A Sonae Indústria cedeu 1,58% para os 0,497 euros. A REN também pesou com um recuo de 0,09% para os 2,2229 euros.
Entre as praças de referência do velho continente a jornada também foi positiva, com o índice Eurostoxx 50 a subir 0,64% para os 2.759,21 pontos e os investidores concentrados nas reuniões dos bancos centrais dos Estados Unidos e Europa.
O MIB italiano salientou-se com uma valorização de 1,64%. O IBEX madrileno também manteve a tendência altista do início da jornada, subindo 0,96%. Esta terça-feira ficou a saber-se que a economia espanhola se manteve em recessão no segundo trimestre, com um recuo do Produto Interno Bruto de 0,1% face ao primeiro trimestre. Ainda assim, de acordo com as estimativas oficiais, o país travou a queda do PIB no segundo trimestre, uma vez que este tinha diminuído 0,5% no primeiro trimestre.
O CAC francês ganhou 0,45%, beneficiando da publicação de resultados de empresas como a Electricite de France ou Alcatel. O FTSE londrino apreciou 0,16% e o DAX alemão 0,15%.
Do outro lado do Atlântico, Wall Street acordou em alta, com os dados empresariais e o setor imobiliário a terem um impacto positivo sobre as praças norte-americanas.
O preço das casas nos Estados Unidos subiu em maio para máximos de 2006, de acordo com o índice S&P Case-Shiller, mas este é um sinal de que o setor imobiliário está a ganhar força.
Com o avanço da sessão o índice industrial Dow Jones subia 0,17% e o tecnológico Nasdaq 0,79%. O S&P 500 ganhava 0,28%. Também hoje se conheceram números relativos ao índice de confiança dos consumidores norte-americanos, que diminuiu em julho mais do que o esperado pelos economistas. No entanto, o índice está acima dos valores verificados durante a recessão económica que terminou em junho de 2009.