Investing.com – A caminho da última sessão da semana, a bolsa de Lisboa consolidou os ganhos do início da jornada e fechou em alta, liderando entre as congéneres europeias.
O PSI 20 subiu 2,45% para os 5.860,24 pontos, com 17 cotadas em alta, duas em baixa e uma inalterada. Por cá, as ações do BES eram as que mais impulsionavam a praça lisboeta no início da jornada e assim se mantiveram. Avançaram 6% para cotar nos 0,795 euros.
O setor da banca foi, de resto, um dos que mais contribuiu para os ganhos no mercado nacional. As ações do BCP e BPI também subiram 4,21% e 3,2% para os 0,099 euros e 0,999 euros respetivamente. Os títulos do Banif recuaram 8,33% para os 0,011 euros.
A contribuir para o desempenho de Lisboa esteve ainda a valorização da Portugal Telecom, de 3,34% para os 2,972 euros. A PT liderou os ganhos no setor das telecomunicações, em terreno positivo, animado ainda pelas subidas da Sonaecom e da Zon Multimédia de 3,04% e 1,97% para os 1,799 euros e 4,404 euros respetivamente.
O peso pesado Jerónimo Martins recupera gradualmente terreno depois das perdas registadas após a apresentação dos resultados do primeiro semestre. Apesar da empresa ter anunciado um aumento dos lucros, os analistas consideraram os resultados da Polónia fracos. Desta forma intensificaram-se os receios sobre o futuro da dona dos supermercados Pingo Doce. Hoje a Jerónimo Martins terminou com uma alta de 3,44% para os 14,74 euros.
No setor energético a EDP foi o centro das atenções. Protagonizou o ganho da jornada ao somar 1,28% para os 2,7 euros. A subsidiária EDP Renováveis não conseguiu abandonar o terreno negativo, terminando a ceder 0,16% para os 3,805 euros. A petrolífera Galp contrariou com uma subida de 0,72% para os 12,52 euros.
O peso pesado Mota–Engil avançou 1,6% para os 2,735 euros e as ações da Portucel somaram 2,19% para os 2,663 euros.
No mercado secundário, as taxas de juro associadas à dívida portuguesa registam um aumento na generalidade das maturidades.
As praças de referência do velho continente foram inundadas por uma “maré verde”, a beneficiar das notícias de que as exportações chinesas aumentaram mais do que o esperado, num sinal de que a economia pode estar a recuperar.
O índice Eurostoxx 50, que representa as principais empresas da zona euro, avançou 0,80% para os 2.816,88 pontos. Ainda a influenciar os investidores, a confirmação da classificação de triplo A relativamente ao risco da dívida da Alemanha e os números das exportações alemãs, que cresceram. As encomendas dos países da Zona Euro, que representam 69% do comércio externo alemão, aumentaram, o que sugere que a economia do euro está a dar sinais mais animadores.
O DAX alemão fechou com uma alta de 0,70%. O CAC francês e o FTSE londrino ganharam 0,64% e 0,28% respetivamente. O IBEX madrileno subiu 1,14% e o MIB italiano 1,83%.
Do lado de lá do Atlântico, os dados sobre o desemprego animaram Wall Street. As bolsas norte-americanas acordaram em alta, mas negociavam depois em terreno misto com o índice industrial Dow Jones a ceder 0,13% e o tecnológico Nasdaq a avançar 0,32%. O S&P500 somava 0,11%.
O Departamento do Trabalho norte-americano revelou que o número de pedidos iniciais de subsídio de desemprego caiu para uma média de 335 mil nas quatro semanas terminadas a 3 de agosto. Na última semana, o número de pedidos subiu para 333 mil, em linha com o esperado pelos analistas. Na semana anterior este registo situou-se nos 328 mil pedidos de subsídios.