SÃO PAULO, 25 Jun (Reuters) - O principal índice acionário da B3 operava no vermelho nesta segunda-feira, pressionado pelo cenário externo de mais aversão a risco, embora notícias locais limitem o movimento negativo.
Às 11h24, o Ibovespa .BVSP caía 0,54 por cento, a 70.259 pontos. O giro financeiro era de 1,7 bilhão de reais.
O Ibovespa trocou de sinal algumas vezes desde a abertura, indo a alta de quase 1 por cento na máxima e queda de cerca de 0,7 por cento na mínima.
No exterior, receios com aumento da tensão comerciais entre Estados Unidos e China voltavam a tirar força dos mercados. Em Wall Street, o S&P 500 .SPX caía 1,2 por cento, já o índice de ações emergentes .MSCIEF tinha queda de 1,6 por cento.
O cenário externo ofuscava o viés mais favorável local com o arquivamento do pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidir retirar de pauta o julgamento de um pedido de liberdade de Lula que estava previsto para ocorrer na terça-feira pela 2ª Turma da corte. Lula na prisão, o mercado acredita que o processo eleitoral pode ter um risco menor", escreveu a equipe da corretora Nova Futura em nota a clientes.
DESTAQUES
- PETROBRAS PN PETR4.SA subia 0,2 por cento e PETROBRAS ON PETR3.SA recuava 0,7 por cento, cedendo ao viés negativo do exterior, enquanto do lado positivo estava o acordo para encerrar a ação coletiva (class action) nos Estados Unidos, que foi aprovado na sexta-feira "de forma definitiva" pela Corte Federal de primeira instância em Nova York. VALE ON VALE3.SA caía 2,9 por cento, na contramão dos contratos futuros do minério de ferro na China, que subiram.
- ITAÚ UNIBANCO PN ITUB4.SA caía 0,2 por cento e BRADESCO PN BBDC4.SA tinha baixa de 1,4 por cento, ajudando a tirar força do índice devido ao peso em sua composição.
- WEG ON WEGE3.SA tinha alta de 2,4 por cento, entre os destaques positivos do índice, após a equipe do JPMorgan (NYSE:JPM) retomar a cobertura da ação, com recomendação neutra e preço-alvo de 18 reais para dezembro de 2019.
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(Por Flavia Bohone; Edição de Aluísio Alves)