SÃO PAULO, 6 Jun (Reuters) - A bolsa paulista não mostrava uma tendência clara na manhã desta quarta-feira, em meio à manutenção das preocupações com o cenário eleitoral no Brasil, enquanto a alta das ações da Vale e de exportadoras e o viés benigno em praças acionárias no exterior contribuíam do lado positivo.
Às 11:11, o principal índice de ações da B3 .BVSP caía 0,06 por cento, a 76.596 pontos. O Ibovespa já oscilou entre uma mínima de 76.187 pontos à máxima de 76.966 pontos.
O volume financeiro no pregão somava 2,8 bilhões de reais.
Na visão de profissionais da área de renda variável, o governo conduziu mal a crise dos caminhoneiros, o que acabou gerando preocupações tanto do ponto de vista fiscal como político, que eram amplificadas pelo cenário eleitoral incerto.
"O mercado coloca no preço...se tudo estivesse funcionando, economia, reformas, o mercado pensaria nas eleições apenas no começo do segundo semestre, mas não está tudo funcionando", disse o operador de uma corretora no Rio de Janeiro.
No exterior, a sessão era relativamente positiva em praças acionárias, também adicionando um componente positivo no pregão brasileiro. O índice MSCI .MSCIEF de ações de mercados emergentes subia 0,57 por cento e, nos Estados Unidos, o S&P 500 .SXP operava em alta de 0,06 por cento.
DESTAQUES
- VALE VALE3.SA tinha alta de 3,4 por cento, no segundo pregão seguido de ganhos, acompanhando a elevação do preço do minério de ferro à vista na China .IO62-CNO=MB , mas também beneficiada pela valorização do dólar ante o real BRBY .
- PETROBRAS PN PETR4.SA tinha variação negativa de 0,9 por cento e PETROBRAS ON PETR3.SA recuava 0,8 por cento, conforme os papéis seguem afetados pelos receios sobre a autonomia da petroleira.
- ITAÚ UNIBANCO PN ITUB4.SA cedia 1,48 por cento, tendo no radar notícia de que perdeu uma disputa de 2,7 bilhões de reais com a União relacionada à operação que formou o conglomerado, há dez anos, segundo o jornal Valor Econômico. CSN CSNA3.SA avançava 1,8 por cento, capitaneando a alta de papéis de empresas siderúrgicas na bolsa, que também se beneficiam do fortalecimento do dólar ante o real.
- SUZANO SUZB3.SA valorizava-se 1,9 por cento, em meio a um ambiente ainda favorável para aumento de preços de celulose, além do efeito benigno do movimento atual no câmbio.
- MARFRIG MRFG3.SA subia 1 por cento, após anunciar que finalizou a compra de 51 por cento da norte-americana National Beef Packing Company, após receber na véspera as autorizações necessárias para finalizar a aquisição. CVC BRASIL CVCB3.SA caía 6 por cento, destaque de baixa do Ibovespa, com papéis ligados ao consumo .ICON novamente pressionados dada a retomada mais lenta do que o previsto da atividade econômica e dados ainda fracos sobre emprego.
- GOL PN GOLL4.SA cedia 3,25 por cento, em meio à valorização do dólar ante o real, que tem impacto nos custos das aéreas. A Gol divulgou altas de 2,6 por cento na demanda e de 1,5 por cento na oferta no mercado doméstico em maio. ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em .PL.BVSP
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(Por Paula Arend Laier Edição de Raquel Stenzel)