💎 Veja as empresas mais saudáveis no mercado atualComeçar

CEO Novo Banco diz cortou 1.250 colaboradores este ano, sem perder força competitiva

Publicado 19.10.2016, 13:11
© Reuters.  CEO Novo Banco diz cortou 1.250 colaboradores este ano, sem perder força competitiva
BBPI
-
BCP
-

Por Sergio Goncalves

LISBOA, 19 Out (Reuters) - O 'good bank' Novo Banco, que está a atrair interessados na segunda tentativa de alienação, já reduziu 1.253 colaboradores este ano, acima dos 1.000 impostos por Bruxelas, sem tensão social e sem perder força competitiva, em especial no segmento de empresas onde é o mais forte, disse o CEO António Ramalho.

Mesmo que o banco tivesse de reduzir mais 500 colaboradores no primeiro semestre de 2017, caso não fosse alienado até ao fim de 2016, como exige a Direcção Geral de Concorrência (DGComp), também não geraria instabilidade laboral pois essa meta seria alcançada com saídas normais e a alienação de activos 'não core'.

"O nível de saídas hoje, mesmo face às exigências da DGComp não coloca nenhuma pressão", disse António Ramalho, que assumiu a liderança do Novo Banco em Agosto, numa comissão do Parlamento.

Realçou que "não há risco de tensão social no Novo Banco devido aos compromissos europeus pois já saíram deste banco de transição 1.253 colaboradores este ano", lembrando que Bruxelas impôs uma meta de 1.000 para 2016.

No primeiro semestre de 2016, tinham saído mais de 950 colaboradores, situando-se o quadro de pessoal em 6.325.

O CEO quer "que uma nova remotivação, do ponto de vista interno da instituição, assegura que tem capacidade de resposta perante o mercado, em relação às necessidades dos clientes", frisando: "o mercado ainda reconhece hoje o Novo Banco como 'o banco das empresas'".

"Julgo que mantemos inalterada a nossa posição (competitiva)", realçou António Ramalho.

Respondendo a uma pergunta de um deputado, disse: "para ver se o Novo Banco mantém ou não, é esperar até ao fim do ano para saber qual foi o banco que fez mais linhas PME Investimento; qual é a quota de mercado em 'trade finance', em que o banco está acima de 24 pct e que no fundo são quotas de exportação".

"É esperar para saber aquilo que num banco com estas características o mantém verdadeiramente vivo e com capacidade de resposta ao mercado, que é a prova que as 'pessoas lá estão'".

MAIS INTERESSADOS

No passado dia 6 de Outubro, em entrevista à Reuters, o secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e Finanças, disse que a segunda tentativa de venda do Novo Banco está a atrair novos interessados, além dos quatro candidatos iniciais, incluindo do China Minsheng Financial que está a olhar. Mourinho Félix explicou então que o "BP deixou muito claro" desde o início que o processo ia "correr em dois caminhos paralelos" - venda directa, que teve quatro candidatos; e a venda, "não da totalidade necessariamente, mas através de uma operação em mercado aberto".

Em 30 de Junho, o BP anunciou que recebeu quatro propostas para a compra do Novo Banco, na segunda tentativa de alienação deste banco de transição, que surgiu dos escombros do colapsado Banco Espírito Santo (BES) em meados de 2014.

O BP, que é a autoridade de resolução, não identificou os interessados, mas fontes financeiras disseram à Reuters que o BPI BBPI.LS , o fundo norte-americano Apollo APO.N aliado à 'private equity' Centerbridge, e a 'private equity' Lone Star apresentaram propostas para comprar o Novo Banco.

O Millennium bcp BCP.LS entregou uma carta de interesse com determinado perfil, mas sem avançar uma proposta financeira concreta.

2016 ESTÁ FEITO

Quanto à redução do quadro de pessoal, António Ramalho afirmou que "está definitivamente executado o plano para 2016 e está a contar com a venda de activos não 'core'", explicando que deverão sair "219 pessoas nas operações a vender".

"Não há nenhuma pressão neste momento para uma redução adicional de pessoas até ao final do ano. Até porque a actividade normal, com saídas naturais, vai levar à redução adicional de 40 a 50 pessoas até ao final do ano", afirmou.

"Mesmo para o objectivo das 1.500 pessoas (se o banco não fosse vendido até ao fim de 2016) tal não representaria nenhum esforço adicional e decorreria do funcionamento normal da instituição", frisou.

NÃO PREJUDICA

António Ramalho referiu que na "operação de 'wholesale' houve apenas uma redução de 6 pct, ou cerca de 50 pessoas, o que significou uma selectividade de discriminação positiva em relação a esse tipo de estrutura para o banco não perder esse contacto" com os clientes.

"Neste momento, continuamos a trabalhar com os mesmos 21 centros de empresa. Alguns absorvemos pela estrutura interna da operação, mas mantivemos a 'antena no local'", disse, explicando que esta estrutura mais centralizada, "responde melhor porque têm mais informação permanente sobre as soluções técnicas que cada cliente precisa de ter".

Vincou que "o banco tem de ser refundado em relações laborais e em relações perante a sociedade e os 'stakeholders' mais desafiantes do que provavelmente outras instituições financeiras".

"O banco tem essa diferença: é reconhecido como muito eficiente pelos seus clientes, mas infelizmente não é tão reconhecido pelos outros 'stakeholders' pelos dissabores que aconteceram nos últimos anos". (Por Sérgio Gonçalves; Editado por Daniel Alvarenga)

Últimos comentários

Divulgação de riscos: A realização de transações com instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve altos riscos, incluindo o risco de perda de uma parte ou da totalidade do valor do investimento, e pode não ser adequada para todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos tais como eventos financeiros, regulamentares ou políticos. A realização de transações com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir realizar transações com instrumentos financeiros ou criptomoedas, deve informar-se sobre os riscos e custos associados à realização de transações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente os seus objetivos de investimento, nível de experiência e nível de risco aceitável, e procurar aconselhamento profissional quando este é necessário.
A Fusion Media gostaria de recordar os seus utilizadores de que os dados contidos neste website não são necessariamente fornecidos em tempo real ou exatos. Os dados e preços apresentados neste website não são necessariamente fornecidos por quaisquer mercados ou bolsas de valores, mas podem ser fornecidos por formadores de mercados. Como tal, os preços podem não ser exatos e podem ser diferentes dos preços efetivos em determinados mercados, o que significa que os preços são indicativos e inapropriados para a realização de transações nos mercados. A Fusion Media e qualquer fornecedor dos dados contidos neste website não aceitam a imputação de responsabilidade por quaisquer perdas ou danos resultantes das transações realizadas pelos seus utilizadores, ou pela confiança que os seus utilizadores depositam nas informações contidas neste website.
É proibido usar, armazenar, reproduzir, mostrar, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos neste website sem a autorização prévia e explicitamente concedida por escrito pela Fusion Media e/ou pelo fornecedor de dados. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados pelos fornecedores e/ou pela bolsa de valores responsável pelo fornecimento dos dados contidos neste website.
A Fusion Media pode ser indemnizada pelos anunciantes publicitários apresentados neste website, com base na interação dos seus utilizadores com os anúncios publicitários ou com os anunciantes publicitários.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que há qualquer discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.