LISBOA, 11 Out (Reuters) - Executivos de importantes instituições financeiras globais alertaram nesta terça-feira que poderiam começar a mover as suas equipas para outros países já em 2017, se não houver clareza sobre se o Reino Unido manterá o acesso ao mercado único europeu ao sair da União Europeia (UE).
Os executivos de divisões europeias destes bancos disseram numa conferência em Londres que sentiam que a retórica mais dura do Governo sobre a imigração arriscava prejudicar a economia.
James Bardrick, chefe do banco norte-americano Citi C.N para o Reino Unido, disse que o principal dilema que a indústria financeira enfrenta é quão rapidamente precisa agir em relação a planos de contingência no sentido de defender os seus negócios, após a votação de Junho dos britânicos para saírem da UE.
"Como e quando é que nós vamos começar a tomar decisões ... Poderia ser no primeiro trimestre de 2017", disse numa conferência em Londres.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse que iria dar seguimento ao processo de dois anos para sair da UE até o final de Março e na semana passada pareceu prioritizar a limitação da imigração sobre manter o acesso ao mercado único.
Rob Rooney, CEO do Morgan Stanley (NYSE:MS) internacional MS.N , afirmou que seu banco também teria que mover parte de suas operações de Londres, se o Reino Unido fosse excluído do mercado único. (Reportagem de Andrew MacAskill e Anjuli Davies; Traduzido para português por Sérgio Gonçalves; Editado em português por Shrikesh Laxmidas)