LISBOA, 10 Nov (Reuters) - A Bolsa de Lisboa .PSI20 deverá abrir em alta, seguindo as fortes subidas dos mercados asiáticos, que recuperaram de forma substancial do choque inicial da vitória de Donald Trump nas Presidenciais dos Estados Unidos, segundo dealers.
Os futuros do Euro STOXX 50 STXEc1 , do alemão DAX FDXc1 , do britânico FTSE FFIc1 e os do francês CAC FCEc1 entre 0,6 e 1 pct.
Ontem, o PSI20 fechou a perder 1,47 pct, num dia marcado pela vitória surpreendente do candidato Republicano Donald Trump nas Presidenciais dos Estados Unidos (EUA), que levou a uma sessão de grande volatilidade.
No final da sessão, contudo, o índice de referência europeu STOXX 600 .STOXX encerrou a avançar 1,46 pct.
Atenção para as acções do Millennium bcp BCP.LS , que divulgou um prejuízo de 251 milhões de euros (ME) nos primeiros nove meses de 2016 contra um lucro de 264,5 ME há um ano, com fortes imparidades de crédito malparado para limpar o balanço. os accionistas do banco decidiram, em Assembleia Geral (AG), adiar para 21 de Novembro a votação sobre a subida dos limites de voto para 30 pct dos actuais 20 pct, cuja aprovação é uma condição para a entrada dos chineses da Fosun 0656.HK no capital do banco. Chief Executive Officer (CEO) Nuno Amado explicou que, "dado que relativamente esta proposta da Fosun ainda está em discussão, em análise, em alinhamento de interesses, para que se possa tomar uma decisão final sobre esse tema, e ainda não foi tomada, houve o adiamento da AG".
"Ou seja as negociações estão a decorrer de forma adequada e pensamos que dia 21 podemos ter condições (para fechar o acordo)Estamos no bom sentido, mas não concluímos e, como não concluímos, houve um adiamento", afirmou Nuno Amado.
O lucro do conglomerado Sonae YSO.LS subiu inesperadamente para 61 ME no terceiro trimestre de 2016, com um aumento muito superior ao esperado das vendas no retalho e melhores resultados financeiros, a mais que compensarem a ligeira quebra da margem face ao período homólogo. L8N1DA8IE
Wall Street acabou por fechar em alta na sessão anterior, com os investidores a recuperarem do 'choque' que foi a vitória de Donald Trump nas presidenciais norte-americanas.
Em comparação com a democrata Hillary Clinton, candidata percepcionada como garante do 'status quo', Trump é visto como alguém que traz factores adicionais de incerteza nas futuras relações comerciais e diplomáticas dos EUA, e direcção geral da política económica.
Contudo, no seu discurso de vitória, Donald Trump assumiu um tom conciliador que agradou aos investidores.
Além disso, os investidores optaram por se focar nas promessas de Trump que incluem generosos cortes de impostos, maior investimento em infraestruturas e defesa, assim como desregulação para os bancos. (Por Daniel Alvarenga)