Por Tommy Wilkes
LONDRES, 18 Jun (Reuters) - O euro se estabilizava nesta segunda-feira após as grandes perdas da semana passada, mas a ameaça de agravamento na guerra comercial global, um desacordo na coalizão governista na Alemanha e um Banco Central Europeu (BCE) mais "dovish" do que o esperado pesam sobre a moeda única.
Depois de sofrer a maior queda em um mês após o BCE dizer que irá manter os juros em níveis baixos até o verão de 2019 (do hemisfério norte), o euro caiu de novo nesta segunda-feira e às 09:20 (horário de Brasília), o euro EUR= tinha variação positiva de 0,07 por cento, a 1,1616 dólar, ante mínima recente de 1,1543 dólar.
Uma decisão dos Estados Unidos na sexta-feira de impor tarifas sobre 50 bilhões de dólares em produtos chineses foi o mais recente movimento em uma disputa comercial entre as maiores economias do mundo.
Em resposta, a agência estatal de notícias chinesa Xinhua disse que Pequim irá impor tarifas de 25 por cento sobre 659 produtos dos EUA, desde soja e automóveis até frutos do mar. preocupação de alguns investidores é que esses acontecimentos acabem prejudicando o crescimento global e, particularmente, a Europa, dado que o presidente norte-americano, Donald Trump, sinalizou que quer impor tarifas sobre automóveis.
Tensões com a coalizão governista na Alemanha também pesavam sobre o euro. Os aliados da chanceler Angela Merkel podem desafiá-la implementando um plano para limitar a imigração na fronteira alemã e isso pode desestabilizar sua coalizão de três meses. euro está em uma posição desfavorável desde a decisão do BCE e a retomada de hoje faz pouco para mudar o cenário mais amplo de cautela", disse Lefteris Farmakis, estrategista do UBS.
O índice do dólar era negociado com perdas de 0,03 por cento .DXY , a 94,762, abaixo do pico de 7 meses alcançado na sexta-feira depois que o Federal Reserve elevou a taxa de juros pela segunda vez em 2018 e sinalizou crescente confiança na economia.