BRUXELAS, 23 Abr (Reuters) - O Google GOOGL.O , o Facebook FB.O e o Twitter TWTR.N precisam fazer mais para lidar com notícias falsas antes das eleições para o Parlamento europeu no próximo mês, disse a Comissão Europeia esta terça-feira, depois do seu último relatório ter mostrado falta de progressos nalgumas áreas.
Os relatórios mensais seguem um compromisso feito pelos gigantes da tecnologia e órgãos comerciais de publicidade em Outubro do ano passado, para combater a disseminação de notícias falsas e evitar regulamentações mais pesadas.
A UE alertou para a interferência estrangeira durante a campanha para as eleições para o Parlamento Europeu e para as eleições nacionais na Bélgica, Dinamarca, Estónia, Finlândia, Grécia, Polónia, Portugal e Ucrânia nos próximos meses.
"Mais aperfeiçoamentos técnicos, bem como a partilha de metodologias e conjuntos de dados para contas falsas, são necessários para permitir que especialistas, verificadores de factos e pesquisadores realizem avaliações independentes", disse o executivo da UE.
A Comissão disse que o Google não avançou suficientemente na definição de publicidade baseada em questões. O relatório cobriu as acções tomadas pelas empresas em Março.
O Facebook, que deitou abaixo oito redes coordenadas de comportamento não autêntico originárias da Macedónia do Norte, Kosovo e Rússia, não revelou se afectaram os utilizadores da UE.
O Twitter também ficou aquém porque não forneceu detalhes sobre suas medidas contra spam e contas falsas e também não informou sobre qualquer acção para melhorar o escrutínio dos canais de anúncios. (Por Foo Yun Chee; Traduzido para português por Patrícia Vicente Rua)