LISBOA, 26 Jan (Reuters) - O lucro líquido consolidado do BPI BBPI.LS , que é o alvo de um 'takeover' do espanhol Caixabank CABK.MC , subiu 32,5 pct para 313,2 milhões de euros (ME) em 2016, suportado no robusto aumento da margem financeira e na descida das imparidades de crédito malparado, anunciou o banco.
A actividade doméstica teve um contributo de 147 ME para aquele resultado, mais 58 pct que no ano anterior; enquanto a área internacional, na qual se destaca o Banco de Fomento Angola (BFA), contribuiu com 166,3 ME, mais 23 ME que em 2015.
O Return on Equity (ROE) consolidado do segundo maior banco cotado de Portugal fixou-se em 13,4 pct, com a actividade doméstica a ter uma rentabilidade dos capitais próprios de somente 7,7 pct, o BFA uma de 41,4 pct.
A margem financeira consolidada - diferença entre os juros cobrados por empréstimos e pagos por depósitos - cresceu uns sólidos 14,4 pct para 407,4 ME em 2016.
Os recursos totais de clientes na actividade doméstica diminuíram 677 ME em termos homólogos, ou uma queda de 2,4 pct, para à volta de 27.800 ME; enquanto o crédito a clientes em Portugal desceu 0,2 pct para 22.736 ME.
As provisões e imparidades para crédito desceram a pique 68 pct para 33 ME. O rácio de crédito em risco fixou-se em 3,7 pct, de 4,5 pct em 2015. "Um dos mais baixos dos bancos ibéricos", segundo o BPI.
O rácio 'Common Equity Tier 1' (CET1) 'phased in' situou-se em 11,4 pct no final de 2016 e o CET1 'fully implemented' em 11,1 pct, contra 9,8 pct há um ano atrás. (Por Sérgio Gonçalves; Escrito por Daniel Alvarenga; Editado por)