LONDRES, 28 Nov (Reuters) - O dólar regista a maior queda em quase um mês esta segunda-feira, com a descida do preço do petróleo, devido o aumento da incerteza acerca de um corte da produção por parte da OPEP a levar os investidores a reverterem a aposta na "Trumpflação" que dominou os mercados desde as eleições dos EUA.
Os principais mercados accionistas da Europa seguem com quedas até 1,2 pct, com as ações italianas a sofrerem uma nova desvalorização antes do referendo sobre mudanças constitucionais este domingo.
O petróleo somou uma queda de 3,5 pct na sexta-feira, quando surgiram notícias que a Arábia Saudita não estará presente nas reuniões com os produtores que não são membros da OPEP, que visam discutir potenciais cortes na oferta.
O dólar afundou 1,6 pct face ao iéne japonês, tocando no mínimo de 111,355 iénes JPY= antes de encetar uma ligeira recuperação até 112,00.
Esta foi a maior queda contra o rival japonês desde 7 de Outubro e contra um conjunto cesta de moedas mundiais.
"É um pullback do dólar", disse o estrategista do Societe Generale (PA:SOGN) Alvin Tan. "A queda do petróleo está a empurrar para baixo as 'yields' das Obrigações dos EUA. Há um maior cepticismo quanto a um corte de produção (OPEP) agora".
Estes movimentos levaram o euro a apreciar para máximos de 11 dias nos 1,0686 EUR= , beneficiando ambém da vitória de Francois Fillon como o candidato de centro-direita nas eleições presidenciais francesas do próximo ano.
História completa em inglês: (Por Marc Jones; Traduzido por Patrícia Vicente Rua; Editado em português por Daniel Alvarenga)