Portugal Telecom anima bolsa de Lisboa

Investing.com - A notícia do início da operação de fusão entre a Portugal Telecom e a Oi impulsionava esta manhã os ganhos no mercado nacional, de tal forma que a bolsa de Lisboa se destacava a negociar em alta, contrariando o desempenho negativo de grande parte das congéneres europeias.

O PSI20 somava 0,51% para os 6.013,62 pontos, com nove cotadas em alta, dez em baixa e uma inalterada.

Sem surpresas as ações da Portugal Telecom lideravam os ganhos. À medida que a sessão avançava os títulos da operadora estavam a valorizar 15,47% para os 3,926 euros. O negócio de fusão já era aguardado pelo mercado e prevê um aumento de capital em dinheiro no valor mínimo de sete mil milhões de euros.

A Zon Optimus e a Sonaecom acompanhavam a tendência altista do setor das telecomunicações com ganhos de 0,46% e 0,1% para 4,551 euros e 2,082 euros respetivamente.

A euforia era contrariada pela pressão exercida pelas cotadas do setor energético. A Galp recuava 0,52% para cotar nos 12,445 euros. A subsidiária EDP Renováveis cedia 0,59% para 3,852 euros enquanto a casa mãe, com uma queda menos acentuada, recuava 0,33% para 2,688 euros.

O peso pesado Jerónimo Martins tombava 2,64% para 14,195 euros por ação. 

O setor da banca, em zona mista, era dominado pelos ganhos do BES, de 0,25% para 0,81 euros, e do BPI, de 0,21% para 0,96 euros. Também a negociar no sinal "verde", os papéis do ESFG valiam 5,22 euros, somando 0,19%. BCP e BANIF seguiam sem variação nos 0,096 euros e 0,01 euros respetivamente.

No velho continente, o índice Eurostoxx 50 cedia hoje 0,73% para os 2.911,64 pontos, anulando os ganhos da sessão da véspera.

O MIB italiano era o único a acompanhar os ganhos de Lisboa, com uma valorização de 0,17%. As atenções dos investidores europeus estão hoje voltadas para Itália, à espera dos resultados de votação de uma moção de confiança ao frágil Governo de Enrico Letta no Parlamento.

Em dia de divulgação de dados sobre a construção no Reino Unido, o FTSE londrino perdia 1,03%. O CAC francês cedia 0,99% e o DAX alemão 0,69%.

Em Espanha conhecem-se hoje números sobre o desemprego. O IBEX madrileno depreciava 0,73%.

Mais importante ainda é a reunião mensal do Banco Central Europeu que se realiza excecionalmente a uma quarta-feira. O presidente do BCE, Mario Draghi, deverá anunciar as linhas gerais de um novo plano de financiamento a longo prazo do sistema bancário europeu e reforçar que a retoma económica na zona euro permanece dependente de fatores externos e por isso mesmo ainda é frágil.