Investing.com - A bolsa de Lisboa encerrou a jornada em baixa ligeira, a par de uma Europa com desempenho misto.
Pela primeira vez em quatro sessões consecutivas, o PSI 20 cedeu 0,08% para os 5.961,65 pontos, com sete cotadas em alta, dez em baixa e três inalteradas.
As ações da Jerónimo Martins foram das que mais penalizaram a praça lisboeta, regredindo 1,1% para os 15,215 euros. Na sexta-feira passada, os títulos da dona dos supermercados Pingo Doce dispararam mais de 6%, a recuperar das perdas registadas nos últimos tempos.
Inundado por uma "maré vermelha", o setor energético foi outro dos que castigou fortemente o mercado nacional. As ações da EDP e da subsidiária EDP Renováveis recuaram 0,11% e 0,26% para cotar nos 2,7 euros e 3,842 euros respetivamente. A petrolífera Galp ajudou a agravar as perdas ao fechar a primeira sessão da semana a ceder 0,16% para os 12,6 euros por ação.
O setor financeiro encerrou sem rumo, com os papéis do Banif a manterem-se uma vez mais inalterados nos 0,012 euros. Desta vez contaram, no entanto, com a companhia dos títulos do BCP, igualmente estáveis, nos 0,1 euros.
Os títulos do BPI recuaram 0,2% para os 1,008 euros e os do ESFG 0,57% para os 5,25 euros. A contrabalançar estiveram as ações do BES, com uma valorização de 0,25% para os 0,807 euros.
O peso pesado Mota-Engil conseguiu escapar à tendência descendente, com uma valorização de 1,61% para os 2,784 euros por ação. Teve um dos melhores desempenhos na praça nacional juntamente com a Portugal Telecom que brilhou ao subir 1,16% para cotar nos 3,137 euros. Os papéis da ZON Multimédia avançaram 1,39% para os 4,523 euros, mas a Sonaecom impediu maiores ganhos ao ceder 0,06% para os 1,787 euros por ação.
No velho continente, o índice Eurostoxx 50 avançou 0,05% para os 2.827,15 pontos. Esta segunda-feira ficou a saber-se que a economia grega registou uma contração de 4,6% no segundo trimestre face a igual período do ano passado. De acordo com o Instituto grego de Estatísticas este é o 20º trimestre consecutivo de contração da economia grega. Ainda assim, os números são melhores dos que as previsões dos economistas.
O dia ficou marcado também pela notícia de um relatório do Bundesbank, divulgado no fim de semana pelo semanário "Der Spiegel", que prevê que "os europeus devem aprovar no início de 2014 um novo pacote de empréstimos para a Grécia", depois das legislativas alemãs agendadas para setembro. Um porta-voz do ministro alemão das Finanças já deu conta do desconhecimento de tal documento.
A bolsa de Atenas avançou 2,12%. Também em terreno positivo fechou a praça de Frankfurt, com o DAX a apreciar 0,25%. Esta segunda-feira, a Alemanha colocou 3.510 milhões de euros de dívida a seis meses.
Itália também colocou o máximo de 7.500 milhões de euros que oferecia em obrigações a um ano, com uma taxa inferior à registada na última operação registada nesta linha.
O MIB italiano avançou 0,44%. Em contra ciclo estavam o CAC francês e o IBEX madrileno, a ceder 0,12% e 0,20% respetivamente. O FTSE londrino recuou 0,14%.
Do lado de lá do Atlântico, Wall Street seguia em zona mista com o índice industrial Dow Jones a ceder 0,18% e o tecnológico Nasdaq 0,07%. O S&P500 regredia 0,21%.
Os investidores refletem os dados hoje conhecidos sobre a economia nipónica, que desacelerou e cresceu menos que o esperado. Também a pesar estiveram alguns resultados empresariais dececionantes.