Investing.com – A bolsa de Lisboa continua a acentuar a tendência de ganhos visível desde o início da sessão, em linha com as congéneres do velho continente. A meio da jornada o PSI 20 avançava 0,69%, superando a barreira dos 6.000 mil pontos. É a primeira vez que tal acontece desde finais de maio.
As praças europeias de referência beneficiam dos números hoje divulgados pelo Eurostat. De acordo com o gabinete de estatísticas da União Europeia, a produção industrial na zona euro subiu 0,7% em junho face ao mês anterior. Em Portugal registou-se um recuo de 2,8%. Em relação a igual período do ano passado, a produção industrial nos países da moeda única subiu 0,3%.
No caso português registou-se um aumento de 2,2%. No conjunto dos 27 países da União Europeia, a produção industrial aumentou 0,9% em junho comparativamente ao mês anterior e 0,4% face ao ano passado.
Por cá, o principal índice do mercado nacional consolidava ganhos com 11 cotadas em alta, seis em baixa e três inalteradas, numa semana em que se prevê pouco volume de negócios devido à tranquilidade típica da época.
As ações da Portugal Telecom estavam em forte alta ao valorizar 1,94% para cotar nos 3,198 euros. Esta quarta-feira são conhecidos os resultados referentes ao primeiro semestre do ano. Os títulos da PT eram os que mais puxavam pelo setor das telecomunicações, em zona mista. Os papéis da ZON Multimédia regrediam 0,33% para os 4,508 euros mas a Sonaecom contrabalançava ao apreciar 0,73% para os 1,8 euros.
A família Sonae continuava em terreno positivo com a casa mãe a avançar 2,12% para cotar nos 0,868 euros por ação e a Sonae Indústria a apreciar 2,04% para os 0,501 euros.
Também a recuperar terreno depois das perdas registadas nos últimos tempos estava a Jerónimo Martins. As ações da dona do Pingo Doce avançavam 1,15% para os 15,39 euros. Mas o melhor desempenho a meio da jornada cabia mesmo ao BES, com uma subida de 2,48% para os 0,827 euros.
No setor da banca apenas o BPI acompanhava a tendência de ganhos ao avançar 0,99% para os 1,018 euros. Os títulos do BCP e do BANIF mantinham estáveis nos 0,1 euros e 0,012 euros respetivamente. As ações do ESFG regrediam 0,02% para os 5,249 euros.
O setor energético contribuía para os ganhos em Lisboa, animado pela subida das ações da GALP em 0,48% para os 12,66 euros. EDP e EDP Renováveis ganhavam 0,11% e 0,34% para os 2,703 euros e 3,855 euros respetivamente.
A Mota-Engil que brilhava esta manhã na praça lisboeta impedia maiores ganhos, ao ceder 0,14% para os 2,78 euros por ação. Ao que tudo indica, a construtora entrou na corrida à modernização do aeroporto de Maputo juntamente com a Soares da Costa. A Portucel e a Semapa também pressionavam ao regredir 0,41% e 0,22% para os 2,687 euros e 6,725 euros respetivamente.
Na Europa, a "maré verde" do início da sessão continuava a dominar com o índice Eurostoxx 50, que representa as principais empresas da área da moeda única, a consolidar ganhos de 0,40% para os 2.838,36 pontos.
Esta terça-feira as praças europeias de referência começaram por beneficiar com o encerramento em forte alta das bolsas asiáticas. O Governo japonês admitiu que pode vir a cortar os impostos às empresas do país, depois de o relatório sobre crescimento económico ter apresentado números abaixo do esperado.
Por outro lado, as minutas da reunião do Banco do Japão deixam antever um crescimento moderado da economia.
O DAX alemão liderava os ganhos, ao avançar 0,72%, no dia em que se ficou a saber que a confiança dos investidores alemães subiu para 42.0 pontos em agosto, face aos 5.7 pontos do mês anterior, superando as previsões dos analistas, que estimavam uma subida de 40.0 pontos este mês.
O FTSE londrino avançava 0,46% e o CAC francês 0,38%. O MIB italiano somava 0,63% e o IBEX madrileno 0,43%.
Hoje, o Departamento de Comércio norte-americano também anunciou que as vendas a retalho nos Estados Unidos subiram 0,2% em julho, pelo quarto mês consecutivo, antecipando uma abertura em alta de Wall Street.