LISBOA, 7 Set (Reuters) - A eliminação do limite de votos no BPI BBPI.LS , crucial para o sucesso da OPA do CaixaBank, permanece o cenário mais provável, apesar do adiamento da Assembleia Geral (AG) para 21 de Setembro ter prolongado o impasse, segundo o Caixa Banco de Investimento.
O Caixabank tem como condição de sucesso da oferta pública de aquisição (OPA) a 1,113 euros por acção que o BPI ponha fim ao actual limite máximo de 20 pct dos votos.
"Neste contexto, apesar da provável oposição de alguns acionistas de referência, onde se incluirão a Santoro Finance, o Banco BIC e a Violas Financial, e do atual impasse, consideramos que a eliminação dessa limitação continua a afigurar-se como mais provável depois da publicação do Decreto-Lei nº20/2016", segundo André Rodrigues, analista do CaixaBI.
O Governo português legislou para permitir que as AGs dos bancos portugueses pusessem fim aos limites dos direitos de voto. Este decreto-lei foi a resposta do Governo ao fracasso das negociações entre o Caixabank e Isabel dos Santos para o BPI reduzir a exposição excessiva de 50,1 pct ao Banco de Fomento Angola (BFA), como exigido pelo Banco Central Europeu (BCE).
Ontem, 45 dias após uma primeira suspensão da AG do BPI, os accionistas decidiram voltar a adiar a reunião magna para 21 de Setembro, devido à ausência de decisões judiciais sobre cruciais providências cautelares. Assembleia Geral do BPI visa votar o fim dos limites de voto. O Chairman do BPI, Artur Santos Silva, disse ontem que o adiamento destabiliza os accionistas e não é do agrado do BCE, mas não está a prejudicar o funcionamento do banco.
As acções do BPI caem 0,5 pct para 1,065 euros.
Nota: Esta Recomendação de Investimento foi distribuída aos clientes do CaixaBI a 7 de Setembro de 2016.
O leitor deve consultar este documento de research integralmente, nomeadamente quanto ao 'disclaimer', solicitando-o à casa de investimento que o elaborou.
(Por Daniel Alvarenga; Editado por Sérgio Gonçalves)