2023 vai ser o ano? (1/2)

Boa tarde! Espero que se encontrem todos bem de saúde e aos demais níveis da vossa vida! Será o ano de 2023, o ano da “Renda Fixa”? Vou deixar a minha visão sobre este mesmo assunto. Vamos lá!

Já é sabido pelos traders/investidores/entusiastas e demais intervenientes dos mercados financeiros, que o ano de 2022 ficou marcado por um aumento de taxas “galopante” e consequentemente condições financeiras restritivas/mais rígidas, e isso levou a uma diminuição do retorno na renda fixa. Em 2023, os economistas/analistas/gestores, veem a economia desacelerar de forma agressiva. Em crises anteriores notou-se a desaceleração em setores específicos da economia, mas desta vez, creio que a economia será atingida como um todo, e daí acreditar que nenhum setor irá escapar a forte recessão que nos espera. A “alavancagem” nos mercados financeiros e também na vida quotidiana, pode trazer períodos de grande “stress” devido à volatilidade, e as pessoas devem estar preparadas para esse mesmo efeito.

Quando a “FED” saiu a rua a dizer que compra todo o tipo de dívida, isso traduziu um sentimento nos investidores de que até a dívida de má qualidade está segura, só que a FED saiu do barco até tempo, mas os investidores ainda se mantém no mesmo. Isto para dizer que a qualidade e o saber “ter olho” para o crédito são uma importante almofada para os investidores. Os investidores não têm mais o suporte de políticas acomodatícias, como, por exemplo, “Quantitative Easing” e “TAB (Taxas Artificialmente Baixas) para proteger as suas carteiras/portfólios de investimento. Na ausência de estímulos tanto da parte de governos como por parte da FED, os investidores precisam de encontrar uma “nova sombra” para minimizar o impacto do mercado e da volatilidade na economia.

João, como posso eu, proteger o meu portfólio?

Na carteira do investidor, uma boa “implementação/proteção” significa uma carteira exposta à dívida com a mais alta qualidade de crédito, empresas com fundamentos sólidos, um fluxo de caixa positivo/saudável e menor alavancagem.

Para quem quer revalidar os títulos que têm em carteira a rendimentos mais altos, está a proteger-se a si e ao seu portfólio de novas perdas no mercado de títulos. A curva de rendimento de títulos está alta e plana, o que significa isto? Significa que mesmo que os investidores não se sintam confortáveis com títulos de prazo mais longínquo, há oportunidades atraentes nos títulos com vencimento a 3 e 6 meses, a título exemplificativo.

Obrigado!