Abertura Europa: Eleições espanholas marcam arranque
Os índices accionistas europeus iniciaram a primeira sessão da semana com desempenhos mistos – DAX (+1,33%), CAC (+0,51%) e IBEX (-2,42%) – com o índice espanhol em clara underperformance face aos peers, em seguimento dos resultados eleitorais.
As eleições de domingo resultaram na vitória do Partido Popular, embora sem maioria, e despoletaram receios de uma crise política.
Para além do mercado accionista, os receios dos investidores também se reflectem na evolução das yields, que registam subidas em todas as maturidades. Destaque também para as perdas da banca espanhola – Popular (-4,70%), Bankia (-3,16%), BBVA (MC:BBVA) (-2,16%) e Santander (-2,57%).
Na esfera sectorial, destaque para a liderança dos ganhos pelos sectores de consumo discricionário (+1,26%), em seguimento das valorizações das autos Volkswagen (+2,15%), BMW (+2,07%) e Daimler (+1,88%).
O sector de energia apresenta o pior desempenho (-0,91%), em linha com as perdas do crude nos mercados internacionais.
A nível individual, nota para a Syngenta que aprecia 1,52% em seguimento de comentários que indicam que a ChemChina irá aumentar a oferta de aquisição.
O PSI-20 iniciou a semana com ganhos ligeiros de 0,20%, sensivelmente em linha com o sentimento nos principais players europeus.
No sector financeiro, o BCP (LS:BCP) recua 0,98% e o BPI valoriza 1,11% após as autoridades nacionais, Governo e Banco de Portugal, decidirem a venda da actividade do Banif (LS:BANIF) e da maior parte dos seus activos e passivos ao Banco Santander (MC:SAN) Totta por EUR 150 mn.
O sector da construção segue penalizado com a Teixeira Duarte (LS:TDSA) e a Mota-Engil a recuarem 2,63% e 0,94% respectivamente.
Os CTT valorizam 0,57% com o BNP Paribas (PA:BNPP) a indicar que aumentou a participação na empresa para 5,03%.
Nota ainda para a EDP Renováveis (LS:EDPRu) que segue inalterado após o presidente dos EUA ter assinado o Consolidated Appropriations Act, 2016 que inclui a extensão de incentivos fiscais ao sector de energias renováveis.
Equipa Research