AUDUSD: O Aussie rompe canal de negociação descendente em alta
O AUDUSD quebrou finalmente em alta o canal de negociação descendente, iniciado em Janeiro deste ano. A forte valorização das divisas da Oceânia (dólar australiano e dólar neo-zelandês) deve-se em parte a uma desvalorização do USD Index, que reagiu negativamente no contacto com os máximos deste ano, como tínhamos perspectivado na Análise Semanal da passada semana ao USDNOK. Por outro lado, a redução da percepção de risco nos mercados financeiros beneficia moedas de países com alto crescimento económico como o AUD e o NZD.
O principal risco nesta entrada a favor da subida é as eleições intercalares, que decorrem hoje nos EUA e que poderão motivar uma valorização do dólar americano.
Referência técnica: O RSI está acima dos 50 pontos, denotando a tendência ascendente do par, e não atingiu a zona de sobrecompra técnica. O rompimento em alta da média móvel de 50 dias e do canal descendente sustentam a visão ascendente para o AUDUSD. Em termos de potencial altista, identificamos a resistência horizontal nos $0,7330. Para gestão de risco, sugerimos os $0,7170.
Nasdaq 100: As eleições intercalares dos EUA poderão ter um impacto negativo nos mercados a curto prazo
Ainda hoje, deverá saber-se se os Democratas fizeram o suficiente para virar a Câmara dos Representantes a seu favor, ou se por outro lado a campanha de Donald Trump foi suficiente para manter o controlo sobre todo o Congresso. O cenário mais provável projectado pelas sondagens é uma Câmara dos Representantes controlada por Democratas e um Senado controlado pelo Partido Republicano – este é também o cenário-base esperado pelos mercados.
O facto de Donald Trump poder perder o controlo da Câmara dos Representantes faz com que os investidores permaneçam receosos e se a perda da Câmara efectivamente se materializar, o mercado poderá reagir de forma negativa uma vez que algumas políticas de Trump com vista à dinamização económica poderão não ser aprovadas.
Referência técnica: O índice accionista tecnológico dos EUA quebrou no mês passado uma linha de tendência a longo prazo, assumindo actualmente uma bandeira de correcção. O preço situa-se na banda superior da bandeira descendente e em resultado das eleições intercalares poderá ser projectado para perto dos 6,684 pontos, lugar onde poderá reencontrar pressão compradora.
Crude WTI: Possível recuperação a curto prazo, mas perspectiva negativa prevalecem
Outubro foi um mês verdadeiramente negro para o crude, com os preços da matéria-prima a encetar uma queda, praticamente contínua, superior a 18%. Após o período de lateralização compreendido entre Julho e início de Setembro, o crude subiu vigorosamente em antecipação de um tremendo corte de produção iraniana, em virtude das sanções impostas pelos EUA à república islâmica do Golfo Pérsico.
Com Trump a deixar oito países isentos das sanções ao Irão (isto é, a poderem continuar a importar crude iraniano); e com a posição diplomática da Arábia Saudita fragilizada na sequência da morte do jornalista Khashoggi, a forçar o reino a aumentar a produção de crude para corresponder ao pedido da Administração norte-americana para limitar a escalada do preço do crude, as expectativas de queda de produção total de crude foram defraudadas, motivando uma violenta correcção do preço. Ainda a alimentar esta trajectória descendente surgiram indicadores macroeconómicos a sinalizar um abrandamento da economia chinesa, um aumento da produção norte-americana, um aumento dos inventários de crude das empresas dos EUA e dados preliminares da produção da OPEP a apontar para níveis de produção equivalentes aos verificados no final de 2016.
Referência técnica: Após a quebra de suportes dentro de um canal descendente, o crude encontrou sustentação nos USD 62,60/barril. Uma eventual pequena recuperação a curto prazo, até à primeira ou segunda resistência identificadas no gráfico, deverá levar os vendedores a reassumir o controlo.
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