EURUSD: Após suporte minucioso em nível-chave, par pode recuperar em semana com preenchida agenda económica
Num contexto de desaceleração económica sincronizada a nível global, a Zona Euro tem exibido a maior debilidade dentro do bloco desenvolvido. No extremo oposto do espectro, e tendo em conta a actual fase final do ciclo económico, os EUA mantêm um elevado fulgor económico, com o PIB a expandir a uma taxa anualizada de 3,2%, durante o primeiro trimestre do ano, superando distintamente as estimativas (2%).
Hoje foram divulgados o crescimento económico (1,2% YoY) e a taxa de desemprego na Zona Euro (7,7%), com ambas as métricas a surpreender positivamente, ainda que de forma marginal as estimativas (1,1% YoY e 7,8%, respectivamente). Com uma boa parte do abrandamento económico europeu já descontado, aos indicadores relativos ao agregado da Zona Euro, junta-se o CPI harmonizado na Alemanha, que atingiu os 2,1% YoY, perante uma estimativa de 1,7%, conferindo algum espaço para apreciação da moeda única. Esta semana, serão ainda reportados o mais relevante índice PMI relativo à manufactura nos EUA (ISM), os índices PMI na Zona Euro, França e Alemanha e, ainda nos EUA, o relatório mensal de emprego.
Referência técnica: Apesar do possível impacto que os referidos indicadores macroeconómicos possam ter na volatilidade do par, o respeito pelo suporte em torno dos 1,1130, permite-nos antever um provável teste às próximas resistências, nomeadamente a linha de tendência descendente.
EURNZD: Indicadores macroeconómicos impulsionam o euro
Após a quebra em alta do triângulo descendente que vigorava desde Outubro de 2018, o NZD tem vindo a desvalorizar na sequência de alguns comentários da Reserva Neozelandesa, que referiu que vê como opção uma diminuição de taxas de juro directoras para fazer face à quebra na inflação e a algumas preocupações relativamente à desaleceração económica global.
O euro também tem estado bastante beneficiado devido a vários indicadores macroeconómicos positivos para a zona euro, nomeadamente o PIB acima do esperado para Espanha, Alemanha e Zona Euro, bem como outras métricas relativas à inflação e à taxa de desemprego também num registo positivo.
Referência técnica: Após a quebra em alta do triângulo descendente o preço corrigiu e encontra-se a suportar na média móvel de 100 dias, sendo que poderá ser uma boa oportunidade para posicionamentos longos até um valor de referência de 1,70.
XAGUSD: Prata tem potencial de subida, enquanto respeitar o suporte horizontal nos $14,90
Depois de uma valorização acentuada das acções no primeiro trimestre, os índices accionistas apresentam dificuldades em atingir novos máximos, à excepção dos índices S&P 500 e NASDAQ 100. Estes índices norte-americanos revelam já alguma complacência e o posicionamento curto no índice de volatilidade VIX está em níveis recorde. A desaceleração económica global tem sido um dos temas dominantes, com diversos indicadores leading, como os índices de gestores de compras (PMI) a desiludirem em vários países.
Neste contexto macroeconómico, os metais preciosos voltam a ter interesse. O US Dollar Index a recuar dos máximos anuais também poderá ser benéfica para o ouro e a prata.
Referência técnica: Enquanto respeitar por diversas vezes o suporte horizontal nos $14,90, a relação risco/retorno é atractiva. O sinal de confirmação seria o rompimento em alta da cunha descendente. A média móvel de 200 dias poderá constituir resistência a ideias compradoras em prata.
Crude WTI: Petróleo tem espaço para corrigir dos fortes avanços no primeiro trimestre
O Irão afirmou hoje que irá continuar a exportar petróleo, apesar da pressão dos EUA. Teerão está a vender petróleo ligeiramente mais barato através do Iran Energy Exchange, uma bolsa privada iraniana que não revela a identidade dos seus compradores para que estes não sofram represálias dos EUA.
Em termos de posicionamento, os gestores de fundos acumularam uma posição líquida de compra superior a 900 milhões de barris, a maior exposição desde que os preços começaram a cair em Outubro de 2018. O rácio de posição longas/posições curtas ronda 9 para 1, aproximando-se de níveis que desencadearam vendas acentuadas, como em Outubro e Abril de 2018.
Referência técnica: Tendo reagido de forma negativa no contacto com várias zonas de resistências, o crude iniciou a quebra em baixa de uma cunha ascendente. Preferimos um posicionamento descendente, apontando para uma réplica do movimento inicial de queda. O próximo suporte relevante é a média móvel de longo prazo (200 dias).
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