EURUSD: Risco de Itália e guerras comerciais deverão levar o EURUSD a 1,115.
O Fundo Monetário Internacional cortou as estimativas de crescimento da economia global devido ao escalar de tensões comerciais de 3,9% nos próximos 2 anos para 3,7%. Luigi Di Maio afirmou que iria manter os objectivos de défice para Itália e que para o ano com as eleições no parlamento da União Europeia, esta irá tornar-se mais a favor do relaxamento de restrições orçamentais.
Perante estes dois factores, antevemos uma queda do EUR que deverá atingir níveis perto dos 1,115.
Referência técnica: Após a quebra do importante nível dos 1,1580 o par atingiu a resitência dos 1,145 que esperamos que seja quebrada esta semana à medida que assitimos a uma subida das yields nos EUA e em Itália.
BRLUSD: Fulgor do real tem espaço no longo prazo, ainda que pullback seja provável até 2a volta das presidenciais
No passado domingo, os resultados da primeira volta das eleições Presidenciais Brasileira acabaram por ser surpreendentes, essencialmente pela magnitude da liderança obtida pelo candido do PSL Jair Bolsonaro que obteve mais de 46% dos votos. O candidato do PT, Fernando Haddad disputará com Bolsonaro a 2a volta, tendo obtido apenas 29% dos votos – o pior resultado do partido nos últimos 20 anos.
A probabilidade de Jair Bolsonaro assumir a presidência do Brasil na 2a volta (28/Outubro) é agora o cenário mais provável, tendo em conta a mais que provável conversão dos votos do espectro político de centro-direita (como o PSDB que obteve quase 5%) e pelo sentimento anti-estabilishment (face aos escândalos que afectaram o PT recentemente) que, tal como noutros países, acaba por se sentir fortemente no Brasil.
Independentemente do nome do Presidente a 28/Out., a nova composição do Congresso Brasileiro com um equilíbrio de forças com maior pendor de centro-direita já é uma vitória para o ímpeto reformista (diminuição do aparelho estatal e flexibilização da economia) que é premente no Brasil.
Referência técnica: O par BRLUSD inverteu a tendência negativa nas últimas semanas com a expectativa das eleições presidenciais, as quais extremaram o fulgor do Real. Acreditamos que persiste valor no longo prazo, mas pullback no curto prazo para o suporte dos 0,265 mostra-se provável.
EURAUD: Par reage negativamente numa zona de resistência, com intransigência do governo italiano
O euro continua pressionado, devido ao eurocepticismo e à intransigência do governo italiano em torno do orçamento que propôs. O vice-primeiro- ministro italiano Salvini reiterou hoje que o governo não irá desistir dos seus planos orçamentais e que está confiante que haverá criação de empregos e atracção de investimento.
A força da economia australiana, por um lado, e o elevado nível de sobrevenda técnica do AUDUSD suportam uma entrada compradora no dólar australiano. O principal risco é um eventual agravamento das tensões comerciais entre os EUA e a China.
Referência técnica: O EURAUD formou ontem uma vela de bearish engulfing pattern, com o corpo real da vela negativa a abranger a totalidade da vela de sexta-feira. Se a vela diária de hoje fechar negativa, confirma-se o tom pessimista. Este padrão de velas japonesas coincide com uma linha de resistência e com um cruzamento do estocástico lento no topo do intervalo, ou seja, a análise técnica ocidental corrobora o padrão da análise técnica oriental. A relação de risco/retorno é atractiva, dado que o stop loss ficaria acima do máximo de ontem e o potencial descendente situa-se nos 1,6051.
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