EURUSD: Par testa suporte importante em semana com divulgação de métricas de inflação dos dois lados do Atlântico
Mário Draghi apresentou ontem, perante o Parlamento Europeu, a visão do BCE sobre a economia da Zona Euro. Segundo esta, o recente abrandamento económico europeu deve-se, em parte, a efeitos temporários e o banco central continua crente que a procura interna e o crescimento dos salários impulsionarão a inflação. Draghi afirmou ainda o firme plano de terminar o programa de compra de activos, explicando que o fim das compras não implica o fim dos estímulos e sinalizando que, se necessário, o BCE ainda tem ao seu dispor ferramentas para estimular a economia.
Amanhã, para além da segunda estimativa de crescimento do PIB nos EUA, para o terceiro trimestre, será igualmente divulgada a variação sequencial da principal métrica de inflação monitorizada pela Reserva Federal, o Core PCE. Uma surpresa significativa face ao seu nível anterior e, simultaneamente, nível médio de 24 meses: 1,6%, poderá criar uma reacção no USD. Na sexta-feira, serão lançadas as estimativas preliminares relativas ao CPI e CPI Core na Zona Euro – os investidores deverão estar especialmente atentos à rúbrica core (taxa homóloga actualmente nos 1,1%).
Referência técnica: Depois de quebrar em alta o canal descendente, o EURUSD negoceia dentro de uma cunha descendente. Uma eventual quebra em alta, estimulada pelas divulgações supra referidas, poderá levar o par a procurar a zona de resistência entre os 1,1420 e 1,1440.
Cobre: Metal retrai com novos receios sobre a economia global
Os mercados estão a fazer uma contagem descendente para uma eventual reunião entre o Presidente Donald Trump e o seu homólogo Xi Jinping na Conferência dos G-20, no final desta semana. Trump afirmou que o único acordo possível com a China seria alcançável se o país se abrisse para a concorrência com empresas americanas. Se as conversações entre os dois líderes não correrem bem é provável que Trump avance com o aumento das taxas alfandegárias de 10% para 25% em USD 200 mil milhões.
Além de ameaçar uma vez mais o comércio internacional, o Presidente dos EUA opinou também sobre uma das ameaças macro mais relevantes: o Brexit. Trump lançou algumas críticas na sequência do acordo que May alcançou com a Europa, dizendo que o Reino Unido teria dificuldades em negociar um acordo comercial com os EUA.
Todas as questões geopolíticas referidas acima poderão vir a pesar na economia global prejudicando directamente o cobre.
Referência técnica: O metal está a formar um triângulo simétrico desde Agosto e as dificuldades macro que se apresentam poderão impulsionar o cobre para a banda inferior do triângulo ou mesmo a quebrá-lo em baixa e atingir um suporte relevante assinalado com o rectângulo azul.
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