EURUSD: Dólar norte-americano ganha força e empurra par para a base do canal lateral, em semana de BCE
Em apenas cinco dias de negociação, o Dollar Index registou uma valorização de quase 2% – uma amplitude bastante expressiva para o activo em questão. O primeiro forte impulso foi conferido pela divulgação do índice “Philly Fed” relativo à Manufactura, que marcou o 17o mês consecutivo acima dos 20 pontos e evidenciou, mais uma vez, pressões inflacionistas. Por seu turno, as yields de dívida norte-americana a 10 anos dispararam para valores muito próximos de 3%, colocando o diferencial de taxas face às Bunds alemãs em máximos de 29 anos (236 p.b.).
Durante o fim-de-semana, Steven Mnuchin revelou-se “cautelosamente optimista” quanto a um possível acordo entre EUA e China no que diz respeito ao comércio internacional, surtindo um efeito tranquilizante para um dos principais factores de risco que penaliza o USD.
Referência técnica: A fulgurosa queda do EURUSD, com quebra de suportes relevantes enfrenta agora o derradeiro teste perante a base do amplo canal lateral (em torno dos 1,22). Se este nível for quebrado em baixa, o próximo suporte relevante surge nos 1,2175. Caso este nível seja também ultrapassado, os 1,21 e 1,2060 serão as seguintes referências para possível força compradora relevante. Não antecipamos novidades materiais para esta reunião do BCE, porém uma eventual interpretação hawkish por parte do mercado, poderá validar os suportes e devolver o par à sua lateralização.
GBPCAD: Par consolida dentro de uma bandeira ascendente
A libra tem sido penalizada contra algumas divisas nas últimas sessões, devido à fraqueza do Reino Unido em alguns indicadores económicos, o que levou o governador Mark Carney a afirmar que as expectativas para uma subida das taxas de juro em Maio podem ter sido exageradas. Ao mesmo tempo, a primeira-ministra Theresa May tem tido dificuldades em aprovar legislação na Câmara dos Lordes.
O dólar canadiano, por seu turno, tem sido pressionado pelo discurso cauteloso e facilitista do Banco do Canadá. Na declaração depois da decisão de taxas de juro, os banqueiros disseram esperar que alguma da fraqueza no imobiliário e nas exportações seja invertida ao longo de 2018. Apesar de não estar presente nas notícias recentes, a possibilidade do acordo da NAFTA ser renegociado negativamente para o Canadá é um risco real.
Referência técnica: Apesar do contexto negativo para a libra, o GBPCAD segurou-se relativamente bem, consolidando dentro de uma bandeira ascendente, podendo quebrar esta figura em alta. Os próximos indicadores relevantes para o Reino Unido serão divulgados na sexta-feira de manhã, referentes aos preços das casas e ao PIB preliminar do 1o trimestre, esperando-se um abrandamento do crescimento económico trimestral para 0,3%. Preferimos um posicionamento ascendente para o par.
AUDUSD: Valorização do dólar americano prejudica a continuação da tendência de alta
No início de Abril o Aussie reagiu positivamente à linha de tendência ascendente que era respeitada desde o início de 2016, contudo após alguns dias de subidas o dólar Americano levou a melhor sobre o dólar Australiano no seguimento de uma grande valorização contra a maioria dos pares, principalmente devido à grande subida das yields das obrigações do tesouro americano.
Esta semana saiu o índice de preços no consumidor (inflação), sendo que saiu a 0,4%, abaixo do trimestre anterior (0,6%) e também das expectativas (0,5%) o que pode ter sido uma agravante para as quedas do dólar Australiano. Ainda assim o Banco Central da Austrália tem espaço de manobra para combater a baixa inflação.
Referência técnica: O par quebrou a linha de tendência ascendente e um suporte importante, sendo expectável um teste à zona verde que coincide com o nível de 23,6% de Fibonacci antes de voltar às quedas que poderão culimnar no próximo suporte relevante assinalado com uma linha laranja.
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