EURUSD: Movimentos recentes apontam para reposição de momentum favorável para o par cambial
Na última semana ocorreu a entrada em vigor de novas tarifas alfandegárias entre a China e os EUA após as negociações entre os dois países serem inconclusivas. Por outro lado, Trump conseguiu uma vitória com a chegada a acordo (ontem) com o México para um novo tratado comercial que substituirá Nafta. A posição do Canadá (o outro membro da Nafta) sobre este acordo é ainda uma incerteza.
Referência técnica: Depois de, no decorrer da primeira quinzena de Agosto, o EURUSD ter quebrado em baixa o principal suporte da altura, a zona entre os 1.15 e 1.1510, o domínio vendedor estendeu-se até mínimos de 1.13 aproximadamente. Contudo, os últimos 10 dias têm sido sinónimo de recuperação, conseguindo novamente quebrar e consolidar acima dos 1.15, indiciando alguma reposição de momentum favorável para o par cambial. No momento actual, a quebra em alta dos 1.17 mostra que existe pressão compradora suficiente para quebrar a linha descendente que vigorava desde meados de Junho, por diversas vezes revisitada e respeitada nas últimas semanas. A próxima resistência prende-se nos 1.1750 (mínimos de Dezembro de 2017 e máximos da segunda quinzena de Julho de 2018). Caso esta seja quebrada em alta, o nível dos 1.1825 parece ser o segundo ponto de resistência a ter em atenção. Caso vejamos uma retracção do Euro face ao USD, desfazendo o movimento comprador recente, o primeiro suporte prende-se nos 1.1625. Caso este seja quebrado em baixa, voltaríamos a considerar valores próximos de 1.15.
USDCAD: Mercado desconta um possível resultado positivo para acordo comercial entre EUA e Canadá
Os EUA e o México assinaram ontem um novo acordo comercial que substitui o Nafta, não tendo ficado claro se o Canadá, o terceiro parceiro do Nafta, se irá juntar aos dois antigos parceiros, uma vez que o Presidente dos EUA, renomeou o acordo comercial como acordo EUA-México. Os dois países concordaram com condições rigorosas para as exportações de automóveis do México para os EUA, entre outras medidas.
O acordo com o México fez com que os investidores interpretassem com optimismo um possível acordo benéfico para o Canadá o que faria com que todas as partes saíssem do acordo a ganhar e desta forma terminassem as ameaças e tensões entre estes três países.
Referência técnica: O par encontra-se neste momento num canal descendente que está inserido num canal maior ascendente pelo que o movimento que apresenta actualmente poderá ser uma mera bandeira de continuação de tendência. Com as boas notícias para o acordo EUA-México e com o amenizar das tensões com a China deverá ser uma questão de tempo até o dólar americano voltar aos ganhos e retomar o canal altista que se prolonga desde meados de 2017.
NZDUSD: Acordo alcançado entre o México e os EUA poderá impulsionar o dólar neo-zelandês
O acordo alcançado ontem entre o México e os EUA aliviou os receios globais sobre as tensões comerciais. Na sequência deste acordo, moedas de países altamente exportadores, como a Austrália e a Nova Zelândia, estão a beneficiar de um enquadramento de maior estabilidade comercial e de maior optimismo na relação comercial entre os EUA e a China.
Do ponto de vista fundamental, o dólar neo-zelandês tem sido também penalizado pela descida do preço do leite fixado nos leilões quinzenais. Depois de um ciclo tão negativo no índice de preços, qualquer surpresa positiva nos próximos leilões poderá impulsionar o NZD.
Referência técnica: O NZDUSD iniciou a quebra em alta de uma linha de tendência descendente traçada no gráfico de preço a partir de Abril. O próximo objectivo a considerar será a média móvel de 50 dias e a resistência horizontal nos 0,6780. A ruptura em alta de uma linha de tendência descendente desenhada no índice de força relativa (RSI) corrobora a nossa preferência altista. Em termos de gestão de risco, podemos considerar o mínimo anteriormente relevante nos 0,6688.
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