EUR/USD: Agenda macroeconómica poderá conduzir à validação da mais recente “lateralização ascendente”
Perante um período de lateralização com quase três meses, caracterizado por maior incerteza e maior volatilidade, alguns indicadores macroeconómicos que, tipicamente, não têm um impacto muito significativo no par, acabam por definir os próximos movimentos a curto prazo.
O euro começou a semana com uma relevante subida sem que notícias materiais a sustentassem. Após a divulgação do indicador ZEW para a Alemanha e Zona Euro, inferior às expectativas em todas as componentes, o par caiu, revelando intensa força vendedora. Os indicadores de inflação CPI na Zona Euro, o próprio Beige Book, o Leading Index nos EUA e a confiança do consumidor na ZE são as restantes referências macro da semana.
Referência técnica: Após ter atingido duas resistências relevantes (rectângulo azul em torno dos 1,24) e 76,4% de Fibonacci, o EURUSD recuou encaminhando-se para o mais estreito canal lateral que temos vindo a acompanhar (1,2360 – 1,2380) e, simultaneamente para a recente linha de tendência ascendente (LTA). Tendo um enviesamento para valorização do EUR a curto/médio prazo, acreditamos que o par poderá testar a referida LTA para posteriormente dar continuidade à tendência ascendente que recentemente parece vigorar dentro do canal lateral mais amplo: 1,22 – 1,26.
USDCNH: Postura construtiva de Xi Jinping e indicadores macroeconómicos chineses podem anteceder nova descida
No decorrer do aclamado Boao Forum, que conta com a presença de líderes de vários países asiáticos, uma parte do discurso do presidente chinês Xi Jinping visou o comércio internacional. Xi Jinping assumiu um tom apaziguador face às mais recentes tensões comerciais com os EUA e apresentou-se como um acérrimo defensor do comércio internacional livre.
Na madrugada desta terça-feira, a China reportou um conjunto de indicadores macroeconómicos bastante relevantes. Homologamente, o PIB chinês cresceu 6,8% no primeiro trimestre de 2018 (em linha com as estimativas), as vendas a retalho cristalizaram, em Março, uma saudável tendência no consumo ao serem divulgadas em 10,1% (vs. est.9,7%) e a produção industrial cresceu 6,0%, aquém dos 6,4% antecipados pelo mercado para Março.
Referência técnica: Ainda que o USD aparente estar a encontrar suporte durante a presente semana, o racional de queda apresentado na Análise Semanal de Mercado de dia 27.03 mantém-se. Após a quebra em baixa da bandeira a curto prazo (assinalada a azul), continuamos a antecipar uma continuação de tendência de queda a médio prazo, acreditando numa valorização do yuan chinês até à primeira referência em torno dos 6,20.
AUDNZD: Optimismo económico na Austrália e reacção positiva em zona de suporte impulsionam o par cambial
Nas actas da reunião de Abril, publicadas durante a madrugada, o Reserve Bank of Australia (RBA) mostrou acreditar que espera um crescimento da economia australiana acima dos 2,75% previstos, com a inflação a ultrapassar o mínimo do nível pretendido.
As perspectivas mantêm-se positivas para o crescimento do investimento fora do sector mineiro, enquanto o mercado imobiliário, que era uma das preocupações do RBA, tem arrefecido, com os preços das casas em Sydney a descer 5% face aos máximos atingidos em 2017. Do lado do dólar neo-zelandês, o índice de preços dos lacticínios, indústria que representa 7% da economia do país e um dos principais empregadores, tem caído nos últimos leilões. Esta tarde, ocorrerá o segundo e último leilão do mês, o que poderá constituir um factor de risco para activos com exposição ao NZD.
Referência técnica: O AUDNZD reagiu positivamente na linha de tendência ascendente de longo prazo e está a quebrar em alta uma cunha descendente, que é uma figura gráfica de inversão da tendência baixista. Preferimos um posicionamento ascendente.
DAX: Após quebra de bandeira descendente, existe potencial de valorização
A economia Europeia continua com bastante interesse do ponto de vista do crescimento, com a inflação já a mostrar sinais positivos.
O índice alemão é também sensível à variação do EUR/USD, que desde o início do ano mostra dificuldade em ultrapassar os níveis de $1,23/ $1,24.
A Europa encontra-se actualmente numa fase mais atrasada do ciclo económico em relação aos Estados Unidos da América que actualmente já sobem taxas, desta forma é expectável ver fluxos de capital para a Europa que irá beneficiar de políticas expansionsitas durante mais algum tempo.
Referência técnica: Após a queda de cerca de 13% desde os máximos do ano, o DAX acabou por reagir de forma positiva a uma linha de tendência que se estende desde 2009 e que já foi testada várias vezes. Neste momento o índice já quebrou uma bandeira descendente podendo impulsionar o DAX até níveis que rondam os 12.850 pontos.
DISCLAIMER
Este documento foi preparado exclusivamente para fins informativos, baseando-se em informações disponíveis para o público em geral e recolhida de fontes consideradas de confiança. O BiG não assume qualquer responsabilidade pela correcção integral da informação disponibilizada, nem deve entender-se nada do aqui é constante como indicador de que quaisquer resultados serão alcançados. Chama-se particularmente a atenção para o facto de que os resultados previstos são susceptíveis de alteração em função de modificações que se venham a verificar nos pressupostos que serviram de base à informação agora disponibilizada. Adverte-se igualmente que o comportamento anterior de qualquer valor mobiliário não é indicativo de manutenção de comportamento idêntico no futuro, bem como que o preço de quaisquer valores pode ser alterado sem qualquer aviso prévio. Alterações nas taxas de câmbio de investimentos não denominados na moeda local do investidor poderão gerar um efeito adverso no seu valor, preço ou rendimento. Este documento não foi preparado com nenhum objectivo específico de investimento. Na sua elaboração, não foram consideradas necessidades específicas de nenhuma pessoa ou entidade. O BiG, ou seus colaboradores, poderão deter, a qualquer momento, uma posição, sujeita a alterações, em quaisquer dos títulos referenciados nesta nota. O BiG poderá disponibilizar informação adicional, caso tal lhe seja expressamente solicitado. Este documento não consubstancia uma proposta de venda, nem uma solicitação de compra para a subscrição de quaisquer valores mobiliários.