EURUSD: Reacção do par à subida dos juros reforça cenário técnico
Na semana passada tivemos dois eventos que poderiam facilmente ser o grande destaque do ano, não estivessem os seus desfechos já a ser altamente descontados pelos mercados. No caso da Reserva Federal, a terceira subida das taxas de juro fui bastante anunciada ao longo do último trimestre do ano por vários membros do comité de decisão da Reserva Federal. No caso do BCE, não havia nesta fase demasiados motivos para o banco central proceder com mudanças, e por isso não o fez.
A reacção do EURUSD à subida das taxas por parte da Reserva Federal acaba por ser o destaque desta semana. O par reagiu em alta, ilustrando que a subida já havia sido descontada. Esta reacção valida o cenário técnico que temos transmitido ao longo das últimas semanas, continuando-se a esperar que o par siga um rumo mais altista nas próximas semanas.
Referência técnica: Cenário técnico altista continua válido
EURGBP: Suporte de médio prazo mantém-se intacto
O futuro do Reino o Unido no que toca ao Brexit continua estranhamente incerto, depois de mais de nove meses de terem accionado o Artigo 50, que despoletou o mecanismo de saída da União Europeia. À medida que a data da saída oficial se aproxima, e as negociações não evoluem, mais provável é que o Reino Unido saia da União Europeia sem acordo comercial competitivo com esta região (que será sempre pior do que estar dentro da UE). Ao mesmo tempo, a inflação no Reino Unido tem acelerado, em consequência de uma libra mais fraca, e nesta altura tudo aponta para que se mantenha relativamente alta.
Estes dois factores fundamentais deverão continuar a pesar para a libra estrelina, o que aliado a um momento técnico favorável do par EURGBP, nos faz ter uma visão positiva para os próximos meses.
Referência técnica: Suporte de médio prazo deverá manter-se intacto. Tendência baixista poderá ser invertida ao longo dos próximos meses.
COCOA: Cacau dominado pelo pessimismo numa zona de suporte poderá ressaltar
Em 2017, os futuros do cacau desvalorizaram quase 10%, sendo ultrapassados apenas pelo café, pelo gás natural e pelo açúcar no conjunto das matérias-primas com mais perdas. Aliás, as soft commodities contribuem para que o índice de matérias-primas CRB termine o ano com uma valorização pouco acima de 1%, em contraciclo com a valorização expressiva do cobre.
Quanto ao posicionamento, os investidores financeiros (managed money) voltaram a estar curtos em termos líquidos na semana passada, depois de apenas três semanas com um posicionamento maioritariamente comprador. A desvalorização explica-se pela fraqueza do preço num contexto de boas colheitas de cacau na Costa do Marfim, que é o principal produtor mundial e gera 33% da oferta mundial.
Referência técnica: O cacau encontrou suporte na zona dos $1900 que já foi respeitada diversas vezes desde 2007. Devido à proximidade ao suporte, o perfil de risco/rendimento de um posicionamento comprador perspectiva-se como atractivo. Os indicadores de momentum apresentam já sinais de recuperação.
XAUUSD: Sazonalidade inspira optimismo para o ouro
Num ano marcado pela apetência pelo risco, pelo afastamento de ameaças políticas na Europa e pela valorização dos índices accionistas quer desenvolvidos, quer emergentes, o ouro cotado em dólares americanos somou uma valorização de 10%. No entanto, nos últimos meses, tem havido menor interesse e uma saída de 0,8% dos fundos investidos no SPDR Gold Trust, o maior ETF de ouro com replicação física a nível mundial.
O ouro tende a registar um desempenho positivo na recta final do ano e no início do ano novo. O gráfico mensal tem linhas verticais que identificam o mês de Dezembro nos últimos 4 anos, que foram sucedidos por uma valorização do metal precioso.
Referência técnica: Com base na sazonalidade e na fraqueza do dólar americano, preferimos uma toada positiva para o ouro nas próximas semanas.
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