O Congresso dos Estados Unidos da América provavelmente vai promulgar a reforma fiscal durante os próximos meses. As mudanças mais importantes vão ser para as empresas norte-americanas em vez de serem para os contribuintes.
As actuais regras norte-americanas são únicas entre as grandes economias avançadas. Por exemplo, a subsidiária de uma empresa americana que tenha tido lucros na Irlanda paga um imposto de 12% que é aplicada na Irlanda. A empresa depois é livre para reinvestir os lucros após impostos na Irlanda em títulos financeiros ou em negócios em qualquer outra parte do mundo, excepto nos Estados Unidos. Se trouxer os lucros após impostos de volta para os Estados Unidos, para investir ou para distribuir pelos seus accionistas, tem de pagar o imposto norte-americano aplicado às empresas, que é de 35%, sobre os seus lucros originais, ou seja antes de pagar os impostos na Irlanda, com um crédito de 12% dado o que já foi pago. Dada a penalização de 23% com a repatriação, as empresas americanas geralmente escolhem não enviar os lucros das suas subsidiárias externas.
O Departamento do Tesouro estima que essas subsidiárias tenham acumulado 2,5 biliões de dólares em lucros no estrangeiro. Os cinco principais detentores de dinheiro no estrangeiro dos EUA são Apple, Microsoft, Alphabet, Cisco e Oracle que detêm 88%. Outras empresas são Johnson & Johnson (NYSE:JNJ), Amgen, Gilead Sciences, Ford, Merck (NYSE:MRK) e Pfizer.
Fonte: Bloomberg