Os mercados de dívida soberana na área do euro parecem claramente focados na inevitabilidade de uma política monetária menos expansionista por parte do Banco Central Europeu. Nos EUA, o Comité de Política Monetária da Reserva Federal dos EUA parece cada vez mais interessado nas condições financeiras expansionistas que persistem, apesar do ciclo de subida na fed funds rate, assim como mais preocupado com a evolução dos preços nos mercados financeiros (após os comentários recentes de Stanley Fischer e as referências nas minutas da reunião de junho), não obstante o enquadramento recente de enfraquecimento na evolução da inflação.
Surpresas negativas em termos económicos poderiam eventualmente representar um suporte para os mercados de dívida de governos. Contudo, a leitura de junho dos índices ISM para indústria e área não industrial da economia dos EUA, divulgada nos últimos dias, continua a apontar para uma evolução favorável da economia dos EUA. O relatório de emprego de junho estará hoje no centro das atenções, com destaque para as remunerações...
Na área do euro, o usual reforço das compras pelo programa QE do Banco Central Europeu antes do período sazonal de menor liquidez que representa o mês de agosto não tem impedido a forte subida das yields, refletindo o posicionamento dos investidores e as baixas yields face ao enquadramento económico na região. Apesar de pressionada a dívida portuguesa, a evolução do spread tem fornecido um importante suporte. Contudo, a continuação da tendência de subida nas yields da Alemanha deverá manter-se um importante risco...
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