O percurso
Desde meados de 2007 que as ações do BCP (ELI:BCP) se encontram numa tendência negativa, com mínimos e máximos mais baixos, dentro de uma cunha descendente bastante evidente.
Nem as crises económicas mundiais dos últimos anos, parecem ter afastado o preço das ações do seu objetivo, um fundo final, alcançado em outubro de 2020, com um valor pouco abaixo dos 7 cêntimos por ação, já com uma desvalorização de praticamente 100%, relativamente ao topo de 2007.
A viragem
Em setembro de 2021, dá-se, o que eu considero ser, um ponto de viragem no percurso negativo do BCP, a quebra da resistência multianual, e consequentemente a sua saída da cunha descendente.
Mais importante que isso, a cunha que outrora foi resistência, tornava-se agora suporte, nos meses de dezembro de 2021 e de março de 2022. Facto que legitimava a força do padrão em que o preço se encontrava.
O futuro
Depois de atingido o fundo, o preço entrou num canal ascendente, cujo suporte parece estar agora a ser ameaçado, mais de um ano depois, com a ajuda da conjuntura macroeconómica terrível em que nos encontramos.
Este mês de julho, já vimos o BCP desvalorizar quase 20%, perdendo a média exponencial móvel mensal dos 20 meses (EMA20), e dirigindo-se para dois níveis de suporte importantes: os 0,1185 cêntimos, e caso perca este nível, um novo teste da cunha descendente, na casa dos 0.1050 cêntimos.
O futuro pode ser promissor para o BCP, mas para isso terá de ultrapassar primeiro o seu máximo local, aos 0.2895 cêntimos, ganhando desta forma a média EMA55, o que poderia impulsionar o preço a longo prazo, para uma valorização de 200%, até encontrar uma nova forte resistência, aos 0,81 cêntimos.
Eu não sou um consultor financeiro e este texto serve apenas para fins educacionais e de entretenimento.