EUR/USD
O par está finalmente a chegar perto suporte técnico junto dos 1,15, ao fim de mais de um mês em tendência descendente. Ao longo da última semana, o plano de reforma fiscal avançado pelo Partido Republicano norte-americano foi o foco dos investidores, mas acabou por não gerar demasiada volatilidade no EURUSD. A eleição do novo chairman da Reserva Federal norte-americana também atraiu atenção, mas o novo principal responsável pela política monetária norte-americana é conhecido por ter estado bastante alinhado com Yellen ao longo dos últimos anos. O mercado não parece esperar grandes mudanças vindas daí.
No curto prazo, é da reforma fiscal que podem surgir notícias que ponham em causa o cenário técnico vigente, mas por enquanto mantemo-nos fiéis ao suporte técnico para que temos vindo a apontar ao longo do últimos mês e meio. O par deverá encontrar algum suporte junto dos 1.15.
Referência técnica: Par deverá encontrar alguma força compradora juntos dos 1,15.
GBP/CAD
Do lado da libra, o mercado está a terminar de digerir a primeira subida de taxas de juro numa década pelo Banco de Inglaterra. No fluxo noticioso, o sentimento dominante no Reino Unido é negativo, com as vendas a retalho publicadas hoje pela associação de retalhistas British Retail Consortium a cair 1% – naquela que é a maior queda em Outubro desde 2008 – , e o crescimento anual dos gastos familiares a descer de 3% em Setembro para 2,4%, segundo um emissor de cartões de crédito.
Do lado do dólar canadiano, a valorização do dólar americano e a escolha de um presidente de Reserva Federal menos facilitista do que Yellen retira atractividade ao dólar canadiano em termos de rendimento (yield). Uma eventual correcção no crude poderá pressionar o CAD e impulsionar o par.
Referência técnica: O facto de o GBPCAD estar no limiar inferior de um canal de negociação ascendente inspira-nos a tomar posicionamentos compradores., dado que a relação risco/rendimento é atractiva. Note-se que o índice de força relativa (RSI) segue uma linha de tendência ascendente e que o par está a cruzar em alta a média móvel de longo prazo (200 dias).
AUD/USD
A Austrália é um grande exportador de bens para a China e a sua moeda reflete qualquer mudança no equilíbrio das trocas comerciais entre estes países. A visão predominante é que o dólar australiano oferece benefícios de diversificação face às principais moedas do mundo devido à sua maior exposição às economias asiáticas.
Esta correlação com as bolsas dos países emergentes é complementada com a correlação que tem com o ouro. O par AUD/USD geralmente valoriza e desvaloriza acompanhando o preço do ouro., visto que o metal é percepcionado como um activo de refúgio contra a inflação. Neste momento o ouro desvaloriza sendo mais uma variável a suportar esta visão.
Referência Técnica: O par caiu abaixo da zona que suportava o preço tendo agora como objectivo a zona dos $0,75 (linha laranja assinalada no gráfico). O RSI apresenta valores neutros de cerca de 40 pontos.
KRE
Os bancos de pequena e média capitalização bolsista nos EUA, agrupados no ETF KRE, poderá beneficiar do alívio fiscal, quer sobre empresas, quer sobre cidãdãos, previsto pela reforma fiscal de Trump. Ao mesmo tempo, a recente escolha de Powell como novo presidente da Reserva Federal abre perspectivas relevantes para os pequenos bancos.
Num evento em Outubro, Powell afirmou que a sua principal prioridade é assegurar que a regulamentação actual está bem adaptada às instituições financeiras e que os bancos mais pequenos devem estar sujeitos a menos restrições. Afirmou inclusivamente que a regra de Volcker, que proibiu os bancos de ter unidades de trading de capital próprio, hedge funds e private equity, não é apropriada para os bancos mais pequenos que não representam risco sistémico e que, desta forma, a regra deve ser alterada.
Referência técnica: O KRE activou uma bandeira ascendente e poderá alcançar novos máximos anuais. Os grandes bancos de Wall Street, que dominam o ETF XLF, sobe já 16% este ano, enquanto o KRE sobe apenas 4%, e esperamos agora uma redução desta discrepância.
Consumo discricion[ario chinês (CHIQ)
No próximo sábado dia 11.11.17, celebra-se o Singles’ day na China, uma data festiva que visa homenagear os solteiros, independentemente de estes serem do género feminino ou masculino. Nos últimos anos, este evento tornou-se num dos maiores dias de consumo (principalmente online) a nível mundial, com uma série de empresas chinesas de comércio online a atingir valores recorde de vendas diárias.
O ETF (NYSE:CHIQ) constitui um veículo diversificado com elevada exposição a este tema, sendo composto por várias empresas chinesas de consumo discricionário, nas quais se incluem os principais players de comércio online: Alibaba e JD.com. O CHIQ também inclui algumas empresas de bens e serviços de consumo essencial e pode ser interessante até para um prazo mais longo, dados os esforços da China para potenciar o consumo interno.
Referência técnica: Após uma intensa subida bianual, o ETF consolidou dentro de uma bandeira bullish. Ontem, com o aproximar do Singles’ day, esta foi quebrada em alta, através de uma vela reveladora de uma significativa força compradora. Como referências para futuras subidas, apresentam-se os máximos bianuais em torno dos $18,15, os 76,4% da retracção de Fibonacci ($18,45) do máximo ao mínimos histórico, e os máximos de 2011.
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