A semana voltou a ser positiva para a parte intermédia/longa da curva soberana portuguesa, com redução de spreads face à Alemanha, Espanha e Itália. Tendo em conta o significativo movimento das últimas semanas, procuramos eventos que possam provocar alguma reversão da tendência, principalmente se o resultado da segunda volta das eleições presidenciais francesas (que terá lugar no domingo) provocar uma reação positiva adicional.
Nesse sentido, a expectativa quanto ao regresso ao mercado por parte do IGCP e o eventual regresso do tema de possíveis alterações no forward guidance do Banco Central Europeu na reunião de 8 de junho deverão merecer a nossa atenção ao longo das próximas semanas.
Na área do crédito de empresas, uma referência para a evolução positiva da emissão AT1 da Caixa Geral de Depósitos durante a última semana, num contexto de menores yields no soberano e continuação de procura de exposição por parte dos investidores ao setor bancário na área do euro.
A Moody's poderá pronunciar-se hoje sobre o rating da república portuguesa (Ba1, com perspetivas estáveis).
À semelhança do que ocorreu com as restantes agências de rating desde o início de 2017, não são de esperar alterações... A nossa atenção permanece mais concentrada no 2º semestre de 2017/final de 2017, a manter-se o atual enquadramento económico favorável na área do euro e se, entretanto, forem visíveis sinais que reforcem a confiança no setor financeiro e numa tendência de queda da dívida pública de Portugal.
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