Os principais índices europeus iniciaram a sessão praticamente inalterados – AEX (-0,12%), CAC (+0,12%) e DAX (+0,35%) - com os investidores atentos à primeira reunião do Eurogrupo, que se realizará hoje, após o ‘não’ do referendo.
O cross EUR/USD segue a negociar nos 1,10, e as yields da dívida soberana da periferia europeia apresentam desempenhos díspares, com as maturidades de curto e médio prazo da dívida helénica ainda sob pressão, ao contrário da restante periferia, que regista um alívio face aos expressivos incrementos da sessão anterior.
Na esfera sectorial, destaque para as perdas do sector de energia (-0,27%), não obstante um ligeiro rebound do crude (+0,72% para os USD 52,91 por barril), enquanto os sectores de I&T (+1,11%) e health care (+0,51%) lideram os ganhos. No pólo das perdas, destaque para o tombo de 7,72% da Technip, em seguimento de um downgrade para sell e após anunciar um plano de reestruturação que incluiu o corte de 6 mil postos de trabalhos e a redução da sua frota de navios para serviços petrolíferos.
Destaque ainda para a Air France, que avança 0,42% num arranque de sessão em que foi veiculado que a subsidiária KLM manterá a gestão financeira independente, e para os ganhos de 0,43% da telecom holandesa KPN após anunciar a aquisição do provedor de serviços cloud IS Group.
O PSI-20 iniciou a sessão flat, em linha com os peers europeus, num dia em que os investidores aguardam a reunião do Eurogrupo para discutir o futuro da Grécia. O sector financeiro lidera os ganhos, com o BCP e o BPI a valorizarem 1,81% e 2,36% respectivamente, invertendo o sentimento negativo da véspera. A EDP avança 0,75% num dia em que a sua subsidiária, EDP Grid comprou a empresa brasileira APS-Soluções de Energia por EUR 8mn.
No pólo das perdas, a Galp recua 0,69% não beneficiando da notícia de que é a segunda maior comercializadora de gás natural no mercado liberalizado e não acompanhando os ganhos, ainda que ligeiros, do preço do crude nos mercados internacionais.
As perdas diárias são lideradas pela Teixeira Duarte e pela Impresa que recuam 4,53% e 2,80% respectivamente, sem newsflow relevante que justifique.